SÁNGO
Francisco Espregueira
Há um ano acabei por conhecer, nas minhas buscas nocturnas, Sango! Como tantas vezes, fui ao acaso carregar play num dos seus EP's, e fez-se luz! Nunca pensei em gostar da mistura do Hip Hop com o Baile Funk Brasileiro até me deparar com ela. Membro do colectivo "AGO", que falarei aqui noutra altura, Sango é obrigatório, pois faz aquilo que ninguém antes fez! Senhoras e Senhores, apresento-vos hoje um estudo experimental do baile funk.
Sendo sincero, não sei se Sango andou a viajar por entres os bailes funk do Rio, mas é assim que gosto de imaginar... Recolheu influência e trouxe-a para casa, em Seattle, para fazer uma brilhante compilação de músicas. É só pensar numa disco cheia de gente a abanar-se intensamente, aí nos confins do Rio de Janeiro ou Bogotá e o Sango lá no meio a curtir. Shit, tenho que apanhar um avião direitinho para uma dessas!
Um sítio escuro com fumo, muita gente a dançar, olhares de predação... noite fora. Lembranças de tudo em câmara lenta na manhã seguinte.
Mas Da Rocinha 2, foi só o ponto de partida para eu agora me afirmar como fã do gajo e querer partilhar convosco aqui a partir do Sótão, a sua arte. No Soundcloud é já um artista muito na voga e um dos mais seguidos. Qualquer publicação que faça vai ter um público grande a salivar para que o clique no play leve a que a música passe do computador, por entre os fios até às colunas. Eu não sou excepção.
Com produções exclusivas e colaborações, deixo 4, sendo que a última é das melhores cenas que roda neste escuro Sótão. Música pr' aquecer esse frio do caralho! De Mim pra Voçê.