Andrew Ashong
Francisco Espregueira
Quando é que uma música se torna incondicionalmente "minha"?? Estou a falar de a ouvir quer esteja no avião de partida ou no avião de regresso. Estou a falar de a ouvir vezes infinitas, tanto que começo a ter pena de outras que parece que me olham lá do ecrã do meu iPod ansiando que eu vá carregar no play para que elas possam ter finalmente a oportunidade de me impressionar.
A "Flowers" é minha mas também é de muita gente! Eu já mostro a quem não conhece... mas esta é resultado da junção de Ashong ao gigante Theo Parrish. Puff... no topo a partir de 2013, rodando nos iPods e afins de, lá está, muita e muita gente. Gente com gosto? Absolutamente!
Pois é... mas já estamos à porta de 2015 e hoje acordei, liguei as potentes coluninhas que o meu primo me emprestou e lá meti a rodar o disco, e foi com surpresa que mais uma vez vou descobrindo novas coisas naqueles 8 minutos e 52 segundos muito especiais. Lembro da primeira vez que a ouvi: "Well... Mr. Andrew Ashong... it is very nice to meet you!" "Shit don't smell like flowers, sunshine turns to rain" concordei e lá balançei lentamente.
Há uns meses atrás saía um novo EP onde o tipo junta essa a mais umas e tenho que dizer que está top! Baixo puxado, voz quente vinda do além e muita música e mensagem. Lowbeat. Nos caminhos que vão dar à electrónica, trip-hop e ao soul. Especiais também.
Ficam aí as três do costume (com a "Flowers", claro) e mais um vídeo escondido atrás de uma das fotos aí dessa prateleira em cima que muito honestamente, meu amigo, coloca as coisas em outros níveis.
Do sótão pr'ó infinito.
PS: hoje reparei que fico doido no minuto 5:21 quando entra uma batida com eco na música... mais uma vez esta é mágica.