TAYPS
Francisco Espregueira
Uma batida lenta e progressiva, com o toque desorganizado do jazz e a melodia cheia de sentido. Vozes suspiradas, vindas de dentro, com alma... TAYPS apareceu agora. Há 5 minutos atrás ouvi "Kuja" e encantei-me com a sequência inicial e a sua tropicalidade que se vai transformando, ao longo da música, numa sensação de fechar os olhos e sentir. Diria o mesmo de "Africa", onde noto cheirinhos de algumas influências... Badu? D'Angelo? As vozes dizem-me que sim. A noite progride nesta onda...
O Sótão é muito deste pessoal. Na linha da frente, gosto de ouvir boa música, mesmo que estes projectos não dêm em nada. O futuro para estes putos de Bristol pode não passar pelos grandes palcos ou pelo mundo da música, sequer. Mas hoje a noite no Sótão é deles. Simples como isso... gostar e escrever sobre esta gente é, para mim, é tão simples.
O palco do Sótão é pequenino. Tem a dimensão perfeita.