PLAYLIST #22
Francisco Espregueira
Na ressaca do fim-de-semana, a #22 começa por baixo. Com ritmos profundos e melancólicos no início até chegar aquelas que já puxam pelas minis, pelas conversas.
A semana numa playlist.
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Filtering by Category: Hip Hop
Na ressaca do fim-de-semana, a #22 começa por baixo. Com ritmos profundos e melancólicos no início até chegar aquelas que já puxam pelas minis, pelas conversas.
A semana numa playlist.
Carlos Aiono é Zuper. E Zuper é top! Quem carregar aí em baixo no play, vai ser introduzido a algo, em termos musicais, muito diferente de tudo o resto. Uma mistura de influências e sonoridades, que transmitem um feeling sombrio... nocturno... gangsta. Puxou a minha atenção lá... quase há um ano atrás e, hoje, dou por mim a venerar o pequeno LP de 10 faixas chamado "The Come Up".
As sonoridades únicas de de Zuper são traduzidas em "The Come Up" na perfeição, deixando-me de boca aberta o quão bem polidos estão todos os diferentes sons que compõem cada música. Além do talento, há claramente no gajo um perfeccionismo estético naquilo que quer fazer chegar ao público. O exemplo disso está em "Drop (Long Beach)" que reinventa a clássica colaboração de Snoop Doggy Dogg com Pharell, "Drop It Like It's Hot"... simplestemente cativante.
Já mais recentemente lançou o segundo, com o título de "Blend" que segue um estilo semelhante mas carrega uma aura mais branquinha, mais leve. Na lista habitual meto um pouco de tudo... O "The Come Up", o "Blend", e mais uma novidade, com poucos dias, lançada à revelia de qualquer compilação. Junto-lhes a faixa bónus de "The Come Up", produzida por Non Drifter, que colabora no álbum com "What I'm Talkin Bout", a minha bonus de hoje também.
Do Sótão pró infinito, passando pela California para trazer este Zuper comigo.
Corta. Nova semana. Acção.
Atenção, que eu não duro para sempre! Pouco sei de Seven Beats... Vem do Rio? Vive em NYC? Não faço a mínima, estas informações estão nas suas páginas de Soundcloud e de Facebook e pufff.... não há mais nada que possa dizer sobre o rapaz. As 3 músicas aí em baixo falarão por mim! A mistura do Hip Hop e do Baile Funk está de volta ao Sótão e eu quero mais! Já tinha metido umas na Playlist do fim-de-semana passado mas não chega...
Enigmático - aos nossos olhos, visto haver pouca ou nenhuma info sobre o gajo - Seven Beats faz, com toda a justiça, a sua ronda no Sótão, que dá valor aos gostos de quem escreve (ora... eu, portanto) e à qualidade daquilo que mais interessa, a música em estado natural.
Novamente vemos a herança brasileira, orgulhosamente representada, ao serviço de composições super-originais e modernas. Assim como em Carlos do Complexo e no americano Sango, sentimos a tropicalidade.
E agora, elas. Falem por mim:
Detroit. T3, Baatin, J Dilla. Os três membros originais dos Slum Village deitam-se com o amanhecer durante o período de gravações daquele que viria a ser um dos mais aclamados álbuns de sempre de hip-hop. Gravado entre 1997 e 1998, a masterpiece dos Slum Village ficaria guardado nas estantes até ser, finalmente, revelado ao público em 2000. Sem nunca ter sido um sucesso comercial, "Fantastic, Vol. 2" teria um grande impacto no circuito underground do hip-hop americano.
Tive a oportunidade (única) de os ver numa das casas mais conhecidas do Porto, o Plano B, há coisa de um ano. Apesar de nos ter deixado em 2006, J Dilla estava lá de alguma forma, na sua MPC, a encher a sala com a espiritualidade das suas batidas. A subtilidade do groove, a batida bem puxada lá para baixo, com as características palmas a marcar o ritmo. O álbum é assim mesmo.
O pó nunca esteve neste... Nunca deixei que se acumulasse, voltando sempre que a saudade aperta ou sempre que alguém me pergunta "o que andas a ouvir?" Eu ouço disto! É isto! Esta é a minha cena... A "Climax", a "Get Dis Money", a "Go Ladies"..... a "Fall In Love". A "Players", a "Once Upon A Time", a "Tell Me". Foda-se! Todas caraças! Amo estes 67 minutos e 54 segundos de música! Seguidos ou salteados! Amo esta merda!
É me dificil recomendar as melhores deste álbum. Merece todo o tempo que possam dispender por ele e, como qualquer outro álbum que entra nesta edição, recomendo colocarem a tocar e deixarem... Irá marcar-vos como me marcou?
Ficam aí quatro, como habitual nos "Álbuns Com Pó" do Sótão. Sempre convidados a subir as escadas em caracol e a sentarem-se comigo aqui em cima.
"Hey, hey, hey, h-hey, hey..."
Não sou um gajo invejoso... Novas descobertas, aqui partlihadas com voçês. Resultado do simples acto de sentar e ouvir. Já não se faz isso muitas vezes. Gostamos da música como personagem secundário na nossa vida. Aqui ela tem papel principal!
As minis, no frigorifico.
Subo as escadas em caracol que me levam ao Sótão e sento-me num sofá de couro preto a desfazer-se lentamente há alguns anos. Trago comigo dois álbuns: um chama-se "Soul Movement", o outro "Something Forever". Ponho-os a tocar, já conhecendo as minhas favoritas de cada um. Não caio na tentação de passar a frente as outras para chegar a essas mais depressa, na esperança de viciar naquelas em que não o fiz. No shortcuts.
Enquanto isso, escrevo este post e apresento-o a voçês... e pergunto: Porque é que Slakah The Beatchild não é mais conhecido?
Os dois álbuns chegam-me com a mesma vibe: estilo, suavidade, soul. O Canadiano é mestre nesta arte... é muito pedigree. Quanto às influências.. pá, nem preciso de vos falar sobre elas... os primeiros versos de "Enjoy ya Self" (a 1ª da mini-playlist) não deixam dúvidas, está tudo lá. Ao todo ficam aí 4 músicas. Uma fica em vídeo porque não existe em, praticamente, mais lado nenhum (!?) - esta que, já agora, é um absoluto estrondo. As outras 3 aí nessa minha mini-playlist... para ouvir em repetição.
Depois de um Agosto algo desapontante, sabe bem voltar à normalidade e partir do Sótão pró infinito.
Lá de vez em quando aparecem os predestinados. Em 12' um "chavalo" de 17 anos, sem qualquer factor extra-música - Disney's Channel's e outras merdas -. a dar-lhe o estatuto de estrela juvenil, brilhou no céu.... no céu dos grandes! Jo-Vaughn Scott, Joey Bada$$ no mundo da música, lançava, então, a mixtape "1999" que acabaria por ser, com toda a justiça, aclamada pela crítica americana. Essa esplendorosa mixtape, que guardo com uma certa dose de amor, é digna de todas as visitas e revisitas que lhe fiz e que lhe farei. Nos momentos certos e neste Sótão, como sempre.
Co-fundador da colectiva de hip-hop ProEra (tudo malta amiga), baseada em NYC, o miúdo de Brooklyn, agora com os seus 20 anos, lançou este ano o seu primeiro álbum. B4.DA.$$, ou "Before Da' Money" assenta a imagem de marca de Joey. Jogos de palavras em cima de produções - DJ Premier, Statik Selektah, Freddie Joachim - que conseguem ser inovadoras e intemporais ao mesmo tempo.
Pois... passaria aqui algum tempo a elogiar Joey, a adjectivar o seu incrível talento e a imaginar como é o infinito que o vai acolher... talvez. Não se sabe. A "Waves", a primeira, é daquelas... É minha. Tocou os primeiros minutos e consegui ver o passado, o presente e o futuro, tudo mesmo tempo. Tornei-me vidente e lá, no futuro, estava um clássico. Escolho, para deixar aqui, um bocadinho de tudo aquilo que foi sendo lançado ao longo deste últimos três anos... desde "1999" (??).
Do Sótão pró' infinito.
"Since 9-5...."
A 18 está live! Hip to the Hop... Na abertura a que mais tocou na minha cabeça esta semana - Voicetress de Truth Enola. Duas novas do habitué do Sótão, Freddie Joachim, a levar-nos até à enérgica Can't You See de J-Louis. Play: aí à direita!
Continuamos no fim da década de 90', para com cuidado, bufarmos o pó que injustamente se acumulou em cima de "Things Fall Apart" dos The Roots. A capa chama a atenção, reflectindo o medo, a violência, a discriminação. O álbum traz lá dentro as histórias, o contexto, as sonoridades e as palavras. No fundo, o movimento de que já falei por aqui. O movimento que faz a música que mais toca neste Sótão. Neste coração. O movimento do rap... do hip hop.
Situamo-nos outra vez em Nova Iorque... outra vez nos Electric Lady Studios (como "Like Water for Chocolate", da edição anterior). Estamos no fim da década de 90', um novo mundo aproxima-se a passos largos. Talvez por isso tenha um carinho especial por esta fase, para mim a última da música de verdade... a última em que o mérito de um álbum era devidamente reconhecido, devidamente publicitado. Chegava onde tinha que chegar. Hoje já está tudo comido de tal forma que não chega nada a lado nenhum... Os bons estão underground, escondidos. A pornografia musical do mundo de hoje fodeu isto tudo!
Bem, acendo um cigarro, o disco começa a rodar... a primeira impressão vai para o baixo. Poder. Na bateria o carismático Questlove... consigo imaginá-lo com a cabeça a abanar ritmadamente para o seu lado esquerdo... as palavras de Black Thought a ecoar! "The Next Movement" é a 3ª, forte. Poder, outra vez. "The Spark" faz-me contemplar a vida. "Act Too (The Love of My Life)", com Common, enche de calor as paredes... Com "You Got Me" emociono-me.
E pelo meio dessas temos as palavras, as sonoridades, o contexto e as histórias.
10 em 10. O talento que entra neste álbum deixa-me de boca aberta... Onde nos perdemos? "Things Fall Apart", The Roots.
Como habitual, 6 músicas. Muitas novas que circularam no meu sótão. Agosto.... música de Agosto! Aquela que fica quase sempre associada a boas memórias...
Não me desiludas, Agosto.
A mistura do hip hop e do baile funk está de volta. Essa conjugação perfeita, carregada de calor e sensação... Antes tinha falado de Sángo, mas hoje o Sótão faz a ligação mesmo no Rio de Janeiro para falar de Carlos. Carlos do Complexo.
"Complexo" (mixed & mastered by Carlos) é tudo aquilo que eu poderia imaginar. Um álbum conceptual que nos leva para dentro das favelas do Rio, pintando nas paredes do Sótão o calor, o atrevimento, a sensualidade e a intensidade da cultura "baile funk". Nos últimos dias, nessas colunas, tem sido Carlos. Tem sido "Complexo" e as 10 músicas que o compõe.... tocando da primeira à décima, sem interrupção, assim como deve ser.
O link do álbum (que coloco aí de novo) é obrigatório, mas há mais para ser ouvido. A lista aí em baixo leva outras que me entraram nos ouvidos e ainda não saíram. Play, play, play!
Do Sótão pró infinito... passando pelo lindo Rio de Janeiro, para levar Carlos e o "Complexo" connosco.
PS: Estes 21 minutos da parceria com Sángo é, também ela, imperdível: fica aqui!
A #16 está com groove!
Abre e fecha com produções de Amerigo Gazaway, mixando os Jurassic 5 e juntando Mos Def (Yasiin Bey) e Marvin Gaye. Com "Pôr-do-Sol" de Keita Mayanda, foco num dos nomes que sigo do hip-hop lusófono... Linda música, linda letra. Mas todas elas valem o clique.
O groove está com a #16!
Uma semana depois, andamos 7 anos para a frente e limpamos o pó a um dos álbuns que faz parte de uma restrita colecção dos "Soulquarians", uma colectividade completamente "all-star", formada por vários artistas de renome da cena hip-hop e soul da altura. Os membros deste grupo viriam a se juntar nos vários álbuns de cada um, durante um certo período, fosse para produzir, fosse para tocar um instrumento, fosse dar um back vocal ou mesmo só para dar aquele toque inspirador. Falamos, e atenção pois vão ficar surpreendidos com tanto talento junto, de: 1, J Dilla (Slum Village); 2, Questlove (The Roots); 3, D'Angelo; 4, Erykah Badu; 5, Q-Tip (A Tribe Called Quest); 6, Mos Def; 7, Talib Kweli; 8, Bilal... Chega? Ah! Falta o Common, claro. E não digo mais nada. "All-fucking-star".
Entre 99' e 00', o lugar é Electric Lady Studios em Nova Iorque, e Common vai criando "Like Water for Chocolate", enchendo o estúdio com um conteúdo de letras cheias de africanidade, a começar logo na primeira que é um tributo a Fela Kuti. "Time Travellin'". Quem diria, numa era em que a música já ia mudando bastante, que o primeiro sucesso comercial de um artista iria ser um álbum que toca na consciência social? Impossível hoje, 15 anos depois? Muito provavelmente... Há coisas que se perdem.
Há dois elementos que, quanto a mim, fazem muito daquilo que este álbum é: Questlove, produtor executivo, toma o controlo da bateria e J Dilla produz grande parte do álbum. Estes dois elementos, em fases de completo apogeu em termos de inspiração (Questlove vinha de "Things Fall Apart" e Dilla de "Fantastic Vol. 2"), dão algo que mais ninguém conseguiria dar. A sua individualidade está lá. A tal marca. Aquela que devia ser registada. E D'Angelo é fundamental a dar o toque temático no álbum. Genial, acabadinho ter lançado "Voodoo", um dos melhores álbuns de sempre,
Este "Like Water for Chocolate" fica para história. 1h18m que passam a correr... Tudo está perfeito. A letra, a música, a concepção, os detalhes... Não me cansarei de recomendar o play em qualquer um desses vídeos. Que vos abra o apetite, como abriu a mim. Este toca e eu estou no paraíso.
É muito difícil escolher só quatro. Muito difícil. Aí está a segunda edição dos ÁLBUNS COM PÓ no Sótão!
Com a excepção da primeira, nesta Playlist #15 é tudo novinho em folha. Começando por um dos rappers que mais tenho ouvido ultimamente, Dom Kennedy, passando por uma das incríveis músicas do novo álbum de Statik Selektah.
The Game com "100 (feat. Drake)", uma das boas novidades dos últimos tempos é a terceira. Depois peço a ajuda de Esta. para mudar o ritmo e trazer batidas mais eletrónicas, sem nunca perder de vista o hip-hop com Illa J (irmão mais novo de J Dilla) e The Internet, colaborando com um dos nomes do momento - Kaytranada, no seu estilo inconfundível - a terminarem a #15.
Bom fim-de-semana!
Natural de Brooklyn, New York, ScienZe vive na música. Num mundo cão competitivo, o mundo que existe na música actualmente, ainda assim vamos encontrando quem coloca, para toda a gente ver, a sua arte. The craft, you know? Sem olhar pelo canto do ombro, ScienZe já tem uma discografia respeitável, e o Sótão dá especial destaque ao álbum "Ella", conceptual sobre aquilo que é apaixonar-se por alguém e todos os altos e baixos que isso pode trazer...
E é em "Ella", de 2013, que foco neste post, que conta esses topos e esses baixos com uma positividade que transborda... na letra e na entoação. Este é, com certeza, um dos meus álbuns favoritos daquilo que está acontecer agora no hip hop... raro. Vale a pena o clique nas quatro aí em baixo e também aqui neste vídeo do lado direito... No Pressure.
Do Sótão pró infinito. "Ella" by ScienZe.
Do Sótão pró infinito.
Normalmente digo isto no fim do post. Hoje digo-o no início.
Para quem acompanha o blog e me pergunta de onde isso vem... bom... vem daqui. "93 'til Infinity" é, antes de mais, duas coisas: primeiro um dos grandes álbuns de hip hop dos anos 90'; segundo uma das melhores músicas de sempre desse género. A música, que deu nome ao álbum é, provavelmente a minha música preferida, desde há algum tempo. Dela tirei a ideia de acabar os posts com a frase que também marca este Sótão. Pró infinito. Mal escrito? Sim, bahhh... não interessa!
Esta é a 1ª edição dos Álbuns Com Pó, com a finalidade de apontar a luz e passar a mão por antigos discos e cd's que deixaram aquela especial marca®. Principalmente em mim, né? "93 'til Infinity", dos Souls of Mischief, explora batidas com um baixo potente e samples de jazz e funk que andaram, também elas, bem escondidas por baixo de camadas de pó, nos Sótãos por esse mundo fora. Quiçá mais importante que isso explora temas que naquela altura pareciam perder-se no movimento americano de hip hop, mais concretamente, o associado à West Coast.
No auge da era G-FUNK, gangsta, thug, whatever, whatever, que surgia na costa Oeste dos EUA, era lançada esta obra prima que decide rumar pelo chill, pelo smooth... pela rotina do dia-a-dia dos seus protagonistas oriundos de Oakland, que falam cara-na-cara de cenas reais. Essa facilidade em chegar ao ouvinte (até a mim, que sou um orgulhoso portuga que cresceu entre Leça da Palmeira e a Foz do Douro) aliado a uma incrível construção das músicas e à sua sonoridade, fazem deste álbum um daqueles que toca, toca, toca... e coisas novas surgem, e músicas crescem em nós, e tornam-se favoritas para meses mais tarde serem trocadas por outras, exactamente do mesmo álbum. É daqueles. ®. Outra vez, marca registada.
Mas a minha... A minha favorita... A que faz os meus olhos brilhar... é isso mesmo, a menina dos meus olhos(!): "93 'til Infinity". Fica aí junto com outras desta masterpiece.
This how we chill from 93 'til...
Uma das maiores influências, talvez a que marca mais vezes presença no Sótão, é a que J Dilla imprimiu no hip hop e no movimento neo-soul de fins dos anos 90' e inícios de 00', não só em solo americano mas também além fronteiras. Para Este e para Oeste. Costumo dizer, que J Dilla criou o som que definiu o género de música que me define, como pessoa. Ao ouvir o último álbum dos Slum Village re-afirmo. A influência está lá. Não poderia deixar de assim ser. Uma vénia a J Dilla, por favor.
Os SV, que tive o prazer, felicidade, extâse de os ver há uns tempos no Plano B, em plena Baixa do meu Porto, têm tanto ouro nos álbuns que estão para trás que fica sempre a impressão que o tempo para eles já passou, especialmente porque a luz do génio, que fundou o grupo, já se apagou... Mas aí estão. Ei-los, vivos: T3 e Young RJ com Illa J, irmão mais novo de Dilla, sempre por perto . Uma compilação, que junta De La Soul, Phife Dawg, Bilal, BJ The Chicago Kid, etc, que faz jus ao passado da banda de Detroit, "Motor City finest is who we are". E quem produz? J Dilla... vivo ou morto, vive aqui: nas colunas do Sótão, que vibram para o chão, para as paredes, para o tecto. Para sempre dentro destas quatro paredes...
Uma das minhas bandas favoritas... de sempre, para sempre. Aqui do Sótão p'ró infinito. Infinitamente, inexplicavelmente, simplesmente....
A história deste post começou há uns tempos quando comecei a ouvir GoldLink. Escrevi sobre ele aqui onde falei sobre as suas colaborações... uma delas "Vroom", que é um hit de todo o tamanho! A outra face dessa mesma colaboração é este gajo: FALCONS. E o outro hit está aí. "Aquafina". Saiu quê? Há cinco minutos? Eu já tinha ouvido numa live mix há um mês e ficado com água na boca... E agora aí! É hit. Sem pensar: é hit! GoldLink parte! Chaz French parte também! Parte tudo e não deixa nada para ninguém... Pratinho todo para estes 3.
Mas há mais jams de FALCONS que rodam no... não tanto no Sótão né? O Sótão é principalmente lugar de relaxamento. Do cigarro pensativo e da conversa em tom baixo. Este é um tipo música para conduzir... depressa. A "Aquafina" e a "Vroom" junto uma mix ("Julio") de "Put Your Hands Where My Eyes Can See" do grande Busta Rhymes e "Cell" que vem do "Birdcall EP". Play, play, play. Fast.
E o novo EP, de onde vem "Aquafina", chama-se "Terra" e sai no 17 do 7. Ansiosamente.
Bang! Bang!
Inspiradíssimo pela série "Entourage", cujo filme saiu à duas semanas (ainda não vi)! Como grande fã da série e completamente influenciado pela sua banda sonora aqui fica umas jams dos primeiros episódios, misturadas com outras que entram bem o espírito... Nota para o novo album dos Slum Village "YES" que está forte! A influencia de J Dilla bem presente também.
Influências e mais influências, de inspiração em inspiração.
PS: Nunca vi uns primeiros episódios de uma qualquer série a puxar tanto aparato, tanta pinta, shzzzzz! Top!