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Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Hip Hop

LOYLE CARNER

Francisco Espregueira

Um dos nomes a decorar. Será já o líder de uma nova onda de originalidade e consciencialidade no hip hop britânico. Com 20 anos, Ben Coyle-Larner, re-baptizado como Loyle Carner. O sotaque bem puxado, fez me lembrar Mike Skinner, o homem por detrás do lendário projecto The Streets, seguindo Carner linhas semelhantes nas suas letras. Semelhantes, porque fala de dentro para fora, expondo a sua vida nas letras com crueza.

Loyle Carner - Ain't Nothing Changed

Depois de já ter abrido para Joey Bada$$, na sua tour pelo UK, tem lançado uns EP's que deixam a água na boca para o álbum que vai sendo preparado, sem prazos para cumprir... liberdade para criar será a melhor receita. Segurando a sua toalha, vai "cuspindo" as letras por palcos britânicos, suando, ganhando o reconhecimento que merece. Um talento de verdade.

"Tierney Terrace", vindo de um EP com o mesmo nome; "BFG", de "A Little Late"; e "Cantona", dedicada ao seu pai. Três que compõem a lista que introduz n' O Sótão Loyle Carner. Este veio para ficar.

Siga sentar aí e ouvir!

PLAYLIST #34

Francisco Espregueira

A #34 está no ponto perfeito. Estava agora a ouvir de novo as que esta semana passaram pelos meus headphones e foi uma meia hora de paz... O domingo do Sótão no seu melhor, com uma playlist de fim-de-semana direccionada para a semana e tudo o que esta inclui. Uma viagem por onde voçês quiserem.

"...this all from the heart and shit"

JUJU ROGERS

Francisco Espregueira

De Berlim voo para o Sótão e sento-me para ouvir "From the Life of a Good-For-Nothing".  O americano-germânico JuJu Rogers tem aqui algo de muito, muito valor. Inspirado num clássico romance alemão de Eichendorff, o álbum acompanha um jovem músico que deixa a casa para concretizar os seus sonhos. Lá está, um sonhador ingénuo que se vira sozinho e que chega lá... ao "infinito". Do Sótão pró infinito não é? E o álbum, conceptual, representa essa história, em que o personagem principal é JuJu ou talvez muitos outros que se lançam ao mundo, sonhando.

JuJu Rogers - Introduction (prod. Twit One)

Editado pela Jakarta Records, "FTLOAGFN" veio à ribalta com a colaboração de Oddisee em "Dreams", mas vale pelo seu todo. Altos e baixos da perseguição ao sonho espalmados nas letras que serpenteiam em batidas que me tocam... impressionantes. Na prateleira do lado, a primeira. "Introduction". Perfeita a dar a conhecer o intérprete... "My name is JuJu, just in case you never heard of me!" Depois em baixo a lista com os sonhos.

Antes de mandar isto do Sótão pró infinito recomendo irem ao link em cima e ouvirem o final da história em "Long Way" (que não está nem no Youtube nem no soundcloud). Dos pés à cabeça, da cabeça aos pés um álbum lindo de morrer. O sonho de JuJu Rogers no Sótão.

PLAYLIST #33

Francisco Espregueira

Fixado naquilo que mais me passou pelos ouvidos durante a semana... Voo sobre Berlim, pela editora Jakarta Records, de onde trago faixas de JuJu Rogers, Bluestaeb e, claro, Ivan Ave. Junto-lhes coisas novas como a de Charlie Bucket & Co., que me põe de pé, e a de Kryone, que me acalma. Para completar, ainda incrédulo, a batida de Kojack's.

Strange Fruit Project e a dupla Appolo Brown & Guilty Simpson foram dicas de ouro. 8 faixas. Tudo gente boa! Uma playlist do caraças!

Cliquem play e sentem-se no Sótão...

IVAN AVE

Francisco Espregueira

Ivan Ave - Helping Hands (2016)

"Após longas e repetidas noites de agitação, o resultado surge... emergente... esvai-se a permanente inquietação..." E com a mãozinha de Mndsgn (lê-se mind design), que produz todo este aparato, temos "Helping Hands" de Ivan Ave. O Norueguês já há muito prometia algo deste género, mas hoje, dia de lançamento do álbum, dedico-lhe este Sótão. É dele.

Confesso, que não estava a par que seria hoje, a data marcada para "Helping Hands", mas outro dia um amigo mandou-me "The Circle" e só não parei de a ouvir porque entretanto, houve Paak e outras cenas. Percebi, então, que estava para chegar algo especial. A agitação daquela espera foi esbatida por outra faixa que foi largada no soundcloud: "Free Shit", merda à borla... fascinado pelo feeling 80's que a produção de Mndsgn traz e pela voz de Ivan Ave a deslizar por ali abaixo.

Mas hoje a emergência de ouvir o álbum consumiu a minha manhã, e vi esse tal desse... feeling reproduzido em 11 faixas, uma de cada vez. O lado B... pxuuu... nem te vou dizer o que este lado B é! Começa na sétima, "The Circle" (claro!) e passa por "Forks", "I Do" e acaba em "Obedience", que já conhecia de um EP do ano passado. Foi demasiado bom. O lado A, do mesmo nível... "Moves" e "Free Shit" (clarooooo!) à cabeça.

5 em 5 para Ivan Ave com este "Helping Hands". Pró infinito, com paragem em Oslo.

SIMON J

Francisco Espregueira

Simon Jefferis é uma das boas supresas dos últimos tempos. Sem voz, as músicas falam lindamente de nostalgia. Nos mesmos terrenos do seu conterrâneo Tom Misch, Simon J toca as suas guitarradas sob uma batida de hip hop... com licença para impressionar.

Não existe ainda muita coisa lançada, mas das cinco que voam pelo Soundcloud, "Down The Road Again" é aquela que me enche as medidas por completo. Ando a ouvi-la enquanto a vida me passa pelos olhos... de casa para o metro, do metro para o autocarro... e vice-versas. Vezes sem conta. Posso me queixar? Claro que não, com esta banda sonora é fácil.

Ficam três faixas para andar levemente pelas cidades, se chover... ainda melhor.

PLAYLIST #32

Francisco Espregueira

Ando ocupado em livros, metros, autocarros mas sempre com os headphones a isolar-me, qual anti-social... A música não deixa de tocar e a #32 está perfeita. Sete balanceadas no Neo Soul (Aaron Taylor, é nome para relembrar!) , na Electrónica, no Hip Hop do Sótão. A quarta é uma beleza... estava aqui ouvir aquilo que vou publicar, né? É mesmo muito porreira, vou continuar pela quinta, pela sexta até à perfeição da sétima.

Do Sótão pró infinito...

PLAYLIST #31

Francisco Espregueira

Momento de chill... a batucada da chuva no telhado e o baixo acentuado, característico deste Sótão. Música nova e tipos desconhecidos, a serem explorados. A qualidade do costume. Fiquem na paz com #31

Cliquem play e sentem-se no Sótão...

SLOW J

Francisco Espregueira

Entrei a 16', a perguntar-me: aonde ando a procurar música? Eu que me achava bastante talentoso nessa arte de descobrir... mas... mas "The Free Food Tape", lançado em Abril de 15', só me chega em 16'??? Mas que merda é esta?! Desiludido comigo próprio... Bem siga, que se foda! Slow J, nome que me chegou como produtor de "Espelho" de NBC, é o homem por trás deste EP de 7 faixas. Corrijo: 7 fantásticas faixas. Batida... letra... top!

Slow J - Comida

Em todo o EP é possível perceber o cuidado nos detalhes que constroem uma sonoridade com marca bem definida... a produção magnificamente polida e voz carregada no tom certo cuspindo os versos com toda a alma. Na verdade, o facto de padecer de ligeiros sintomas de OCD, faz-me sentir o estalinho que estala fora do tempo na "Tinta da Raiz"... é como se estalasse dentro de mim. Pele em modo galinha no segundo 0:32-0:33 de "Portus Calle" em que a batida entra e me leva pra esse infinito... O infinito que busco para o meu Sótão, que tem novo inquilino: Slow J. Nessa prateleira de lado fica "Comida", à qual ainda não tenho adjectivos para lhe atirar...

Do Sótão pró infinito, levando comigo Slow J e a sua "The Free Food Tape". Para os que ficaram com fome, aí ficam as minhas favoritas:

FLOFILZ

Francisco Espregueira

Yo! "We rap from dungeons to rooftops". Este beatmaker alemão é uma das surpresas do final de ano. Lançado à pouco tempo, o álbum "Speakthru" é obra de mestria! A sonoridade de marca de FloFilz é vincada e não podia deixar de ser apreciada no Sótão. De facto, pertence aqui. Uma mistura de jazz com hip hop que suaviza qualquer dia menos bom. Uma paz, agora que começou a tocar...

FloFilz - Rooftops (Metronom LP - 2014)

"Speakthru" é sucessor de "Metronom", o primeiro LP do jovem germânico que se baseia em receitas semelhantes... e bem, diga-se já. Difícil escolher o meu preferido, ambos cheios dessa suavidade essencial, da qualidade e da profundidade em jeito de "imunização racional", como diria Tim Maia. Talvez a grande diferença de um para outro seja mesmo a reputação de FloFilz, que cresce para o segundo álbum. Colaborações fortíssimas para um pequeno, independente artista europeu.

Fiquem na paz... entre o jazz e o hip hop de FloFilz.

"From dungeons to rooftops"

PLAYLIST #29

Francisco Espregueira

A #29 é feita para passar debaixo da chuva citadina... hip hop na dose certa de 6 faixas. 6 faixas infinitamente boas. Todas novas, com excepção do clássico "The Blast". Talib Kweli e Hi-Tek a fazerem a aparição neste Sótão. O resto surpreende...

"Isto é o hip hop que juro ser crente..."

KENDRICK LAMAR / J. COLE - BLACK FRIDAY

Francisco Espregueira

E apareceu a oportunidade de falar de dois dos tipos que mais idolatro! Por estarem já num nível de estrelato tal, nunca aqui apareceram... , sabes, aqui o Sótão é mais das cenas pouco conhecidas... Mas há uns dias foi lançado um EP especial - pouco comercializado, lá está - com duas músicas com o mesmo nome: "Black Friday". Kendrick Lamar em cima de J. Cole, J. Cole em cima de Kendrick Lamar. Não poderia estar melhor...

Eu que não sou muito fã destas cenas, tenho de admitir que as duas faixas arrasam!

Kendrick a rapar em cima de "Tales of 2 Cities" do álbum de 2014 de Cole, "Forest Hills Drive". Cole a rapar em cima de "Alright" do álbum de 2015 de Kendrick, "To Pimp a Butterfly". Dois dos álbuns que mais rodaram aqui no último par de anos. E mais não digo, porque já é sexta feira!

Estes vieram do infinito pró Sótão...

POTATOHEAD PEOPLE

Francisco Espregueira

Os Potatohead People vieram parar à rede do Sótão há uns tempos. No entanto, só "colei" neles nestas últimas semanas. Por incrível que pareça estava no cinema e no intervalo do filme, começou a tocar em modo música ambiente "Blossoms". Antenas sempre preparadas a ser ligadas e eu a deixar-me hipnotizar. Perguntei, obviamente: "que som é este??", o Shazam ligou e lá estavam os Potatohead People. "Quando chegar ao Sótão vou apontar luz sobre isto!", e assim foi. Depois imaginei a miserável situação de, ao invés de ter ficado na sala, ter ido mijar à casa-de-banho. Tive sorte...

Nick Wisdom e AstroLogical são os gajos que compõem este duo Canadiano, produzindo na intersecção do hip hop, da eletrónica e do trip-hop. Há uma clara misticidade na discografia desta magnífica colaboração. Aprecio de olhos fechados, entrando nos ritmos baixos e profundos, de ouvidos atentos aos ecos, de mente... hipnotizada. Meditando no meu espaço, no meu momento. Solitário, eu sou.

A mística discografia não é longa, mas é rica. Gostaria de vos convidar a carregar play nas faixas seleccionadas. Retiradas do EP "Kosmichemusik", de 2013, e do LP "Big Luxury", deste ano. A primeira é "Blossoms" e fascina-me.

"Do you ever think about it? Do you ever think about it? Think about the way that you seeee?"

PS: Esta semana faz um ano que comecei o blog. Orgulhoso, agradeço a todos os que por aqui passaram. Sempre convidados, as minis estão no congelador e estou aberto 24h. Sempre com um bom som a tocar. Sempre.

Francisco

PLAYLIST #28

Francisco Espregueira

Com o tempo a apertar e o frio a entranhar tem sido difícil apetrechar o Sótão. Levo comigo um aquecedor e seis faixas, sendo que a primeira hipnotiza-me... Toque certo para continuar a ouvir as seguintes, que são calmas, leves e deixam-me quente. E bem.

#28. Do Sótão pró infinito.

MY PLAYLIST by DJ CAM

Francisco Espregueira

"It began in Africa....." é assim que começa esta maravilhosa compilação de Dj Cam (de que, aqui, já falei). Diz-se que o Rap é algo que fazes em determinado momento, mas que o Hip Hop é aquilo que tu vives. Um movimento urbano mas de raízes africanas... "My Playlist by DJ Cam" começa com essa frase cheia de sentindo, pois na hora seguinte aquilo que me chega é uma das mais impressionantes homenagens ao movimento. Coleccionar música, assim como coleccionar algo, que traga corpo e conteúdo é uma experiência muito específica e individual. Mas é passando a barreira do individual que essa experiência fica com aquilo que lhe foi destinado.

Passados uns anos depois do meu primo morrer, finalmente ganhei a coragem de olhar para as suas gavetas com uma colecção de cd's absolutamente invejável, e lá acabei por encontrar, em modo "rafado", esta pérola. Não sei se foi o primeiro no qual peguei, mas lembro-me que foi primeiro que tocou. E é nesse momento que uma específica e individual colecção encontra o seu destino. Agora faz parte da minha.

Uma hora e pouco, no sótão, no carro... do início ao fim. É assim que ouço e foi para isso que Cam preparou o álbum, sem pausas, mixando com mestria os diferentes elementos. E por isso mando-o inteirinho para voçês aí em baixo, sem deixar de listar aquelas que captaram, desde que o encontrei naquelas gavetas, os meus sentidos com mais intensidade.

"My Playlist by DJ Cam", para coleccionadores.

"My Playlist by DJ Cam" (2005)

ANDERSON PAAK

Francisco Espregueira

Uma das sensações de 2015. Ego gigante. Voz distinta, histórias contadas com estilo. Style + Easesteeze... Anderson Paak é steeze. Uma mistura de afro-americano com coreano, toques de Pharell misturados com rock-star. Autor de música de qualidade. É daqueles que é "estrela". Brilha muito.

Há quê? Um ano? Bem... não interessa, há um ano quando a ouvi "Suede", que já fui partilhando por aí em playlists, deitei as mãos na cabeça e senti um misto de grande excitamento (aquele que voçês sabem, quando uma específica faixa nos acerta em cheio) e de inveja, por não ser eu a escrever aquele abuso de letra. Samplada através de riffs e vozes do gigante Gil-Scott Heron, move-se lentamente através de uma batida poderosa. A letra é tão directa e tão sujinha, representando tão bem certos pensamentos... acções, talvez... Não me vou declarar culpado, mas Paak, fá-lo sem vergonha nenhuma. "Suede" é "minha". Canto a letra de trás para frente, da frente para trás. E não falho.

Anderson Paak & Knxlwedge are working together as NxWorries. This is their first single, performed live IN THE DUNGEON.

Mas há mais do gajo. Deixando para trás o seu heterónimo "Breezy Lovejoy", Anderson Paak é nome a reter. E vai dar que falar. As colaborações são mais que muitas, e vêm aí albuns de originais (ansiosamente à espera de NxWorries). Esfrego as mão e deixo-vos as minhas favoritas. Para ser ouvido sem pudor, com um ouvido na música e outro na letra.

Do Sótão pró infinito.

PS: Suede, tem 78 reproduções no meu iTunes. "If I call you a bitch..."

PLAYLIST #27

Francisco Espregueira

O tempo aperta, os últimos dias são de baixo para cima, de cima para baixo. Nos entretantos o meu iPod e estas 6 faixas têm ajudado. Ao fim do dia o Sótão espera-me, onde tudo é processado a um ritmo baixo... Para saborear.

A #27 é rica e suave.

◘ SÁNGO: DA ROCINHA 3 ◘

Francisco Espregueira

Da Rocinha 3

Pois é... ontem por momentos pareceu que tinha 7 anos, a acordar na manhã de natal. Rápido duche e enquanto comia o pequeno almoço googlei "Da Rocinha 3". Lançado umas horas antes, já estava disponível em stream... rapidamente deixei para trás tudo o que tinha para fazer (não era pouco) liguei os headphones e sentei-me em frente ao ecrã do meu portátil durante uma hora e um minuto. A vida é muitas vezes uma corrida atrás do tempo, mas esta hora mais minuto chuta tudo para canto... O estudo experimental do baile funk Brasileiro segue...

"Da Rocinha 3" é um dos álbuns do ano... Dentro do estilo mais do que abordado aqui neste Sótão, consegue ser a mais virtuosa colecção do movimento Favela Trap. A produção é inacreditávelmente sublime... os detalhes, são de levantar as mãos ao céu, num momento de gratidão e celebração por haver Sángo. Por haver talento. Por haver o Hip Hop, o Baile Funk, e uma mistura de herança cultural, algo de muito inovador e pura vibração.

Da Rocinha

A sucessora de "Da Rocinha" e "Da Rocinha 2", leva-nos para outro nível. Neste, Sángo é um Deus, temperando-me a mim e a ti como quer. Picante, menos picante. Mal ou bem passado, não temos voto na matéria. Sentimos aquilo que a música dá.

As três do início... "Tamborzão (Intro)", a primeira. Que boa. Tropicalizando-se segundo a segundo... cutu txa txa-cutu txa-txa. A segunda, "Rather Be With You", é todo o dia. E três "Tempo Tempo"... linda. "Agorinha" e "Não Falo" já tinham sido lançadas mas ouvi-las dentro do álbum sabe diferente. Sabe melhor. A décima é a mais upbeat do álbum, música para os momentos de festa, da gente bem disposta de sorriso rasgado - "Na Hora"! "Dias Melhores (Interlúdio)" é bonita, simples, plana... é um amor. Carlos aparece, colaborando e concretizando sonhos em "É Isso Aí" assim como outros dos mais promissores produtores do momento: ESTA, Jarreau Vandal, Marvel Alexander. Isto só para falar de algumas! São 19! Eu não merecia tanto...

Da Rocinha 2

 

Ficaria aqui a escrever e a aclamar o álbum... mas não é suposto. Eu só queria meter nas paredes do blog a masterpiece, e deixar, a quem por aí passar, a magia que carrega. No meu caso, a certeza é de que hoje a minha favorita não vai ser a mesma da de amanhã, da de sexta e da do próximo mês, e isso é genialidade! Entrada directa no Hall of Fame do infinito.

Da Rocinha 3 is about keeping the funk roots true and paying homage to the ones that helped start it. I want to respect and show Rocinha in a positive light with this record while staying true to my sound.

Mixed & Mastered by Sángo
Art by Sango Design

PLAYLIST #26

Francisco Espregueira

Com Hip Hop cozinho a #26. A receita traz-nos batidas nostálgicas e profundas. Começando com um clássico dos habituais do Sótão, The Roots e D'Angelo, atravessando rapidamente para o lado dos desconhecidos. Alguns desses a merecerem uma especial atenção da minha parte num futuro próximo.

Estou a fazer chá, já sabes, sem cerimónia.

ESPECIAL : FAVELA TRAP

Francisco Espregueira

É foda! Já falei aqui de Sángo. De Carlos do Complexo. De Seven Beats. Uns mais conhecidos que outros... mas o Sótão conhece muita gente. E este post é especial, deixando 25 (!) faixas das mais de sete dezenas de sons do movimento Favela Trap que esta semana me invadiram... Repito: FODA!

Aproveito e lanço uma previsão: 2016 é ano de Favela Trap. E até afirmo isto com alguma tristeza, pois sei que mais tarde ou mais cedo - como quase tudo o que é bom, original e transversal - vai ter repercussão nos sítios onde não devia... Depois de tocar nos bons, evoluídos e inovadores tastemakers deste mundo, lá vão aparecer as grandes e batoteiras editoras musicais a pegar na singularidade destas sonoridades e a colocá-las à frente das Nicki Minaj's, dos Pitbull's e das outras merdas deste mundo musical.

Mas hoje estamos no momento perfeito: um movimento iniciado por jovens e criativos produtores, que arriscam e expõem para mundo ver as sua interpretações do Baile Funk misturando-o com os elementos modernos do Trap e do Hip Hop e deixando a herança Brasileira bem vincada com um perfume de tropicalidade único . Em termos "underground" este é o movimento do ano 2015.

Movimento esse que ganha força em 13'/14' com Sángo, americano, que sem nunca ter ido ao Brasil transforma a sua curiosidade em processo de investigação, recolhendo centenas de samples bem conhecidos de Baile Funk, reinterpretando o estilo neste formato Favela Trap. Produções invulgares de sons vibrantes e densos que, com os vocals samplados, resultam em sensualidade extrema que... escalda, escalda, escalda...

Os Brasileiros (quem mais ?), já estão na linha da frente das produções e estarão neste momento a preparar as suas malas para viajarem do anonimato rumo ao infinito... E é Carlos, é Seven Beats, é Kojack's, é Kryone, é Maffalda, é Dropkillers, é Kin Rocha, é DJR7... e outros serão, tenho a certeza. Venham eles, o mundo pede... Quero essa tropicalidade! Nas pistas de dança, nos meus phones, nas minhas colunas... no meu quarto (com uma mina bem gostosinha lá dentro comigo).

E dia 10/11 é Sángo com "Da Rocinha 3", o álbum por quem todos anseiam...