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Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Hip Hop

joe corfield : phase shift

Francisco Espregueira

Eis um nome novo no Sótão.

Com "Phase Shift", Joe Corfield introduz-se à generalidade dos amantes de Hip Hop. Aparece com novas ideias definidas neste seu álbum de vinte e três pequenas faixas, com sonoridades e nomes - bonitos, os nomes - que denotam viagem e cultura. O jovem produtor britânico apresenta-nos um sublime álbum que agradará aos inveterados apreciadores de hip hop, mundo fora.

O seu todo é bem complementado pelos dotes de colaboradores bem escolhidos. FloFilz, O'malley, Sigmund e Kosyne são figuras que o servem com naturalidade. Lançado pela editora alemã Radio Juicy, "Phase Shift" é um álbum refinado e mestre. Balanceia leveza com densidade e é uma das belas compilações para ouvir este verão. Viajando.

edgar the beatmaker

Francisco Espregueira

Isto já tem uns anos. Deparei-me com ele e reconhecio-o. "Darkest Shades of Blue" é um pequenino álbum de Edgar The Beatmaker, que é nada mais nada menos que mais uma das alisases de Archy Marshall - ou DJJD Sports, ou Zoo Kid, ou King Krule...

Reconheci coisas transversais ao trabalho de Archy, que já distingo tão bem. Sombrio, algo de sinsitro, melancólico... mas acima de tudo cru. Raw. Talvez tenha sido por isso que foi tão fácil saber que era ele. As sonoridades do movimento de hip hop de Sul de Londres, por estes dias inspiradíssimo, também aqui como pano de fundo omnipresente.

"Darkest Shades of Blue", junta malta amiga: Jada Sea, Jesse James (de que já falei aqui) e também a nova descoberta do Sótão: MC Pinty. - o tipo anda em ondas muito avançadas. De 2013 a 2017, estes miúdos cresceram, mas hoje aqui fica, em raw, os toques de Edgar The Beatmaker e a sua crew.

notas

Francisco Espregueira

A influência evidente de Jay Dee e Pete Rock nesta "Strugglas Theme". O flow é inacreditável e acompanha todo este álbum de Kev Brown. "I Do What I Do" é uma lembrança antiga que passou demasiado tempo com pó por cima. O quilate é tão alto... "Hennessy pt1" segue-lhe com as mesmas influências.

Falei tanto acerca de Onra, que achei não ter dado o destaque suficiente ao que se segue. "Anything" é uma all-time fav do Sótão. A batida vintage é o som de umas enormes e desapertadas Reebok's brancas a bater no chão. É quase palpável a ganga larga que se move numa dança desajeitada... é quase visível o início dos anos 90'. Impossível não acompanhar a melodia da última vez que se ouve na música :

any-thaang

iam ddb

Francisco Espregueira

keep it g, of course...

O mote de IAM DDB refere-se ao amor que um deve manter por si próprio e pelos que o rodeiam mais proximamente, puxando da inicial de gangsta para reforçar o respeito devido a todos os que têm um similar background. 

Vai entoando a frase por diversas vezes ao longo das suas músicas - como que se relembrando da linha que segue - na sua doce voz que lhes confere um tom de jazz urbano. Explorando o seu atrevimento lírico através dessa sua voz, em cima de produções obscuramente atraentes, IAM DDB tem definitivamente um toque próprio.

"Wavey, soothing and freeing", as três palavras com que define a sua arte.

Tem neste momento dois EP's editados ("WAEVEYBBY VOLUME 1", de 2016, e "Vibe, Volume 2", de 2017) e uma dezena de faixas avulsas, cheias de colaborações de nomes novos da cena hip hop e soul britânica, mais precisamente vindos de Manchester, a sua cidade, onde tudo parece muito inspirado por estes dias. IAM DDB não pára, e desde de 2016 que vem garantindo a marca do seu nome a cada release que faz. A música "Leaned Out", com INKA, é uma das melhores coisas que se escutou por aqui nos últimos tempos.

You think you’re the wave I beg to differ
I, inherited the wave I am different cloths, different prices, different scars
Different, seduction, abduction

Ainda a descobrir cada detalhe - e a deixar-se seduzir por eles - tomarei o moto: keep it g. of course.

onra

Francisco Espregueira

Bom, em poucas palavras, o Sótão nunca será o Sótão sem Onra. A obra invejável, fortemente influenciada pela era dourada do Hip Hop e R&B, tem na trilogia "Chinoiseries", com infusão de ritmos orientais, a front cover de todos os seus trabalhos. A terceira parte lançada em março deste ano é o epítemo da sua genialidade. Níveis insanos de originalidade, viagem e lindas sonoridades aqui em baixo... não se arrependerão. Virtuoso, o francês.

10 anos de pesquisas por longíquos e orientais vinis que resultaram em 100 faixas e três álbuns inacreditáveis. Convidando à escuta faixa a faixa, sabendo que o álbum - e a viagem - vale mais como um todo

Homem de poucas palavras, valiosas quando as usa para descrever sua obra...

I see the first Chinoiseries as a trip, inspired by my own first travel to Asia, each beat representing one particular moment of the journey, the second one, more like a soundtrack to a movie, each beat representing a different scene, and the third one, I tried to create a dark, smoky and mysterious cinematic atmosphere so you could create your own movie in your head
— Onra

O destaque vira-se agora para "Fundamentals", datado de 2015 que aborda ondas de Hip Hop e R&B homenageando a Golden Era - agradeço... venero. As seis faixas em baixo são um teaser para escutar todo o álbum. Dificil de resistir. Beats retro-futuristas acompanhados de colaborações deliciosas.

E é play nisso. E na "Anything" brindamos com as minis que estão a gelar. O vinil a girar, abro a primeira, murmurando "We Ridin'", vivendo o que não vivi na West Coast americana nos saudosos 90'. Homeanageando o movimento...

biig piig

Francisco Espregueira

A fluída fusão de elementos de R&B e hip hop com uns subtis e ocultos toques de jazz conseguidos pela britânica Jess Smyth que esculpiu um estilo tão próprio. A performance na influente plataforma para desconhecidos artistas COLORS BERLIN, agitou as águas da sua precoce carreira, que segue sob o pseudónimo de Biig Piig. Agitou também os meus últimos dias, em que me debrucei sobre as escassas faixas de sua autoria que por aí circulam.

Look tão próprio também...

A sua voz sopra suavemente pequenas histórias em cima de produções perfeitas para as horas em que a calma impera. Mantendo um tom liberto, pessoal e honesto nas suas palavras, Biig Piig intenciona provocar um sentimento livre de julgamentos e convidar-nos a dissipar nas melodias.

Atualmente a trabalhar no seu primeiro EP, tem no Sótão um dos primeiros lugares onde se escutará todas as suas historinhas tão bem contadas.

fredfades : "warmth"

Francisco Espregueira

Desde que conheci a música de Fredfades que fiquei com a melhor impressão do tipo. Uma espécie de professor de conhecimento musical. Ouço-o com atenção e idolatrando os conteúdos das suas produções.

Conhecido por produzir diversos projectos do seu conterrâneo Norueguês Ivan Ave e por estar associado a todo esse sublime movimento de hip hop vindo do norte da Europa, Fred tem vindo a deixar a sua marca com sonoridades de assinatura. Calorosas batidas em cima de cortes e recortes de puro jazz e música soul... A busca incessante de Fredfades pela próxima batida tem a sua primeira compilação a título individual - "Warmth", toca... respiro, inspiro-me e escrevo. Disfruto.

Colaborações insanas ao longo das 16 faixas de "Warmth": Ivan Ave (claro está), Mndsgn, MED, MoRuf, Dialete, Nanna B, Chester Watson... pfff! Produtor prodigioso, Fredfades, tem belas companhias que lhe retribuem a magia na mesa de mistura.

Os domingos a disfrutar com batidas de Fred... algo usual nos últimos tempos. Conheçam "Warmth".

buddy & kaytranada: "ocean & montana"

Francisco Espregueira

Abusado, Buddy junta-se ao mágico Kaytranada para lançar "Ocean & Montana", pequeno EP de cinco faixas que puxa pelos pontos fortes de cada um. E cheia de picante - bem ao estilo de GoldLink -, flui a voz de Buddy sobre os ritmos tão característico de Kaytra....

"Ocean" corresponderá a Compton, em sunny LA, berço de tantos e tantos mestres do hip hop e berço de Buddy. "Montana" a Montreal no Canada, origem do produtor do ano, que tem projetos com nomes como Pharell em vista. E quando ele era só conhecido no Soundcloud? Já foi assim há tanto tempo? Não, não foi. E Buddy, depois deste EP, depois de "Shine" também, para lá caminha. Assisto a tudo em posição privilegiada.

"Ocean & Montana" é um projeto que não necessita de intervenção exterior. Os dois complementam-se, rebentando colunas em cinco faixas. Ou melhor, quatro... já que "World of Wonders" acalma um pouco a cena, parecendo mesmo estar fora do contexto deste EP.

Escutar o resto, significa acelerar rumo ao perigo de sorriso rasgado. Louco... fantástico.

unda de sango : "fi-filé"

Francisco Espregueira

A coletividade suíça Boyoom Connective tem vindo ao longo dos últimos anos a lançar peças muito interessantes nas ondas do hip hop, com destaque para os vários EP's, colaborativos ou atítulo individual, da sua figura principal - Maloon TheBoom. O mais recente release da Boyoom introduz Unda de Sango. "Fi-Filé", o seu segundo EP, está altamente influenciado por texturas tropicais ao longo de seis faixas brilhantes.

Depois de inspirado por uns tempos passados nas Indías do Oeste Francesas, Unda de Sango, imerso na cultura, na língua e nas sonoridades crioulas esculpe "Fi-Filé", que joga com vários samples de música local e o hip hop e formas de soul modernas. Todo este EP pinta uma linda paisagem sonora que me leva para novos mundos. E é aí que reside a maior força de "Fi-Filé"... não está para todos os sons transmitir paisagens, né? Consegue-o, e eu vejo-as...

Excelente o complemento de Meemee Nelzy, cantora oriunda da ilha de Guadalupe, na segunda faixa - "Rété Konsa". Toques de magia feminina. "Fi-Filé", terceira do EP, é, no entanto, a peça chave... É nela que nos apercebemos que mergulhamos bem para dentro destas ilhas Atlânticas. E lá ficamos... até acabar em "Égotik" com as vozes por trás. Loucas. Crioulas.

Bónus em dois remixes bem conseguidos que terminam em beleza o projecto. Melodiesinfonie e o próprio Maloon TheBoom contribuem para um dos EP's mais surpreendentes que me chegou à audição este ano. "Fi-Filé", de Unda de Sango.

s. fidelity : "a safe place to be naked"

Francisco Espregueira

“A Safe Place to Be Naked” é o debut do produtor alemão S. Fidelity que será colocado live no próximo dia 5 por uma das mais conceituadas editoras, que constatemente marca presença neste blog por via dos seus sublimes artistas: a Jakarta Records. Com 12 faixas, o álbum captura a busca incessante de S. Fidelity por novos sons, elaborados minunciosamente durante os últimos dois anos. Evoluindo dentro do seu estúdio improvisado numa cave em Berlim, tem lançado projetos colaborativos, nomeadamente "Sidekicks" com o seu comparsa Bluestaeb.

Juntando em "A Safe Place To Be Naked" artistas como Tru Thoughts, Harleighblu e o grande JuJu Rogers, a obra fala numa voz distinta... samplada, trabalhada... por vezes distorcida, acelerada ou abrandada, mas sempre presente.

Do Sótão pró infinito, com um cheirinho de S. Fidelity aqui em baixo:

ol' burger beats : "mind games"

Francisco Espregueira

Norwegian producer and beat maker. Jazzy sample-based hip hop music.

Ole-Birger Neergård é Ol' Burger Beats. A descrição acima, simples e seca, não revela o talento do tipo. Mais um membro da colectividade Norueguesa, Mutual Intentions, que parece ter descoberto a pólvora. Nesta juntam-se nomes e gentes de classe como Ivan Ave, Fredfades, Yogisoul, entre outros. Fui sempre falando destes tipos ao longo dos dois anos de blog, e então nunca deixaria fugir este "Mind Games", que sairá para o infinito nas próximas semanas.

Ivan Ave na introdução que faz ao álbum diz coisas que me enchem. Fala deste trabalho desconcertante de um produtor que escuta os detalhes nas músicas, que se cultiva com coisas feitas muito antes de ter nascido, que busca nas prateleiras, que muda o vinil para o lado b... As perguntas sobre será que este beat encaixa nesta piano? Será que eu consigo juntar estes dois sons? Diz Ave, que o processo criativo certamente nos deixará de pé até tarde "considering… contemplating… calculating…". Lembrei-me da primeira música de "Pratica(mente)" de Sam The Kid...

"Após longas e repetidas noites de agitação,
o resultado surge... emergente
Esvai-se a permanente inquietação...
Entretanto, Sobretudo, Praticamente"

E é assim. De um momento para o outro o casamento perfeito dos elementos. De um momento para outro, a viagem pelo tempo de uma nota de piano tocada nos anos 50' que se junta a uma batida pensada ao pormenor por um produtor que percebeu aquilo tudo, antes de toda a gente. Esse produtor hoje é Ol' Burger Beats - criando com mestria a base onde nomes novos e conhecidos vão passar as suas palavras.

As três que se seguem para voçês, enquanto as escuto. Em modo replay e com a mão na consciência.

In the midst of these mind games that could never be true
If you really love yourself then you would tryin’ be you

notas

Francisco Espregueira

A produção de Ol' Burger Beats encaixa na perfeição aqui. Oliver The 2nd abre a faixa falando profundamente... mas quando entra Ivan Ave já sei que ele vai falar a minha língua. Enquanto escuto-o atentamente, percebo que diria as mesmas coisas caso tivesse aquele piano a tocar por trás.

They talkin’ bout i should try this and try that
I’m thinkin’ y’all should try see in balance,
tryin’ to give birth to a classic, while your mind unravellin’,
hmm.

O mais recente show da COLORS BERLIN deu a conhecer o londrino Benny Mails. Na pessoalíssima "My Mantra", vejo-o a abrir-se. Não me deixo enganar pelo seu aspeto, tão distinto daquilo que normalmente trazem as ondas de hip hop. O flow está lá. E de dentro para fora, this is the sound of a heartbroken rapper...

flofilz : 'cenário'

Francisco Espregueira

flofilz cenário lp 2016 album lisboa portuguese portugues hip hop germany

"Cenário", o último LP do produtor alemão FloFilz, é Lisboa em preto e branco num dia ventoso. O fiel herdeiro do instrumental "Metronom" de 2014, demonstra uma mestria sublime em 16 faixas que fazem mais sentido quando escutadas juntas. Este é um daqueles que toca da primeira à última sem interrupções, deixando-nos a vaguear por nós próprios ou, então, por uma rua qualquer. E pelo meio de "Cenário" e "Metronom" há um inolvidável "Speakthru", que junta colaborações distintas... vale a pena acompanhar as viagens de FloFilz.

Viagens, porque "Cenário" é inspirado num mês de Março passado na capital. "De Paris a Lisboa", assim começa a descrição do álbum. Lançado na editora parisiense "Le Mellotron", este LP junta com toda a fluidez o hip hop com o jazz. Um casamento feliz para os aficionados destas ondas celebrarem.

"Cenário" significa pano de fundo, título que serve como uma luva a estas sonoridades. Esse mês de Março foi passado com qualidade nas calçadas, nos pratos e nas buscas incessantes por samples raros de Bossa Nova, que se vendem por aí nas sombras das nossas ruas e das nossas memórias. Qualidade essa, transportada para estas 16 que são deixadas aqui por inteiro. Para ouvir e voltar. Do início ao fim.

Boa viagem.

PS: ao lado, o meu cigarro antes de me deitar. "whereabouts" é a nova de FloFilz.

jesse james solomon

Francisco Espregueira

Do universo musical londrino chega outro nome ao Sótão. Jesse from South East London. J. F. S. E. Há algo de The Streets... Talvez seja só a tendência de me agarrar a algo tão marcante no hip hop que me acostumei a ouvir. Mas a capa do seu brilhante EP "The Ride Home" parece homenagear o aclamado "A Grand Don't Come For Free" e a maneira como conta as suas histórias faz lembrar Mike Skinner... talvez sejam mesmo só as marcas daquela entoação e sotaque tão característicos.

De 2014, "JFSE". Calma. O baixo serpenteia pela música enquanto Jesse vai falando. E é quase impossível não prestar atenção à profundidade do que diz. Com o mesmo nome, o primeiro EP reúne as faixas sempre no mesmo estilo, nas profundezas das palavras.

O segundo lançamento, "The Ride Home", tem em "They Don't Love You" algo que arrepia. O piano junta-se a batidas e ecos que isolam a mente para um lugar, que por momentos parece inatingível a todos os outros mortais. A mesma introdução volta mais tarde na música para emocionar...

Há faixas que nunca deviam acabar.

Aguardo que 2017 me traga um álbum deste tipo.

808ink : '45 with sam' & 'jeep cherokee'

Francisco Espregueira

De loop em loop, 808INK são os novos favoritos n' O Sótão. Mumblez Black Ink e 808Charmer formam um duo multi-talentoso que, depois do LP 'Hungry', se vai afirmando como uma das cenas mais excitantes a sair de Londres nas ondas do hip hop.

Falo de hip hop, mas isto atravessa vários géneros... é uma fusão de magias e tem uma progressão imparável. É a energia que sai do fundo das ruas mais escuras da cidade. É a atração que te que faz querer ver o que lá há. Os primeiros momentos de "45 With Sam" é o jus desta decrição poética q.b.

When I’m up
I’m all the way up..

O final deste novo single coloca tudo em câmara lenta... absorvido por essa atração que se terminará assim que a música deixar de tocar. Viro para "Jeep Cherokee": se tocasse numa festa faria com que as pessoas se abanassem, sentadas ou de pé, inebriadas ou sóbrias. Endiabrado, eu, cantaria o refrão.

Gimmie dat uh
I’m in the town better pull the bandz up
Put your head down baby bring it back up...
You hear the sound yeah thats me and my uh,
ziggin’ through the town bag your pennies in a lump
I rap ‘n stuff like i’m ban-dan-na! uh
I’m in the rave looking like a dam duck
’They say nice can I bag dat? Nah!
Pray I tripple up and never stack up on the lot!

notas

Francisco Espregueira

Há cinco horas atrás GoldLink lançou "Meditation". Produção de Kaytranada. Que mais poderia esperar? É GoldLink e Kaytranada. Juntos. Outra vez. Este som é para quebrar festas caseiras:

Pouco depois foi a vez de Sángo. Com Carlos do Complexo. Tranquilo. "Engenho da Rainha" faz-me querer já o tão aguardado novo álbum: "De Mim, Pra Voçê". Dia 26 de Março estarei por LX, no Time Out Market cumprindo o sonho de o ouvir em vivo.

E esta para fechar a noite. "Changes" do produtor americano Genshin. Foi um dia bom.

saib.

Francisco Espregueira

Guitarrista e beatmaker de Casablanca, Marrocos. saib. Presença habitual nas playlists que vou fazendo semanalmente. Um estilo próprio nas ondas do Jazz, da Bossanova e do Hip Hop instrumental. Uma das sensações no Soundcloud (com mais de 15k seguidores), que se prepara para lançar um EP com a francesa Hip Dozer Records. Dia 10 lá estarei, imaginariamente à porta da loja para o ouvir.

"Buena Vista" será, provavelmente, a sua release mais trabalhada até ao momento. Desde 2015 que é um músico ativo, aparecendo recorrentemente nos meus labirintos musicais. O EP contará com seis músicas, que têm sido lançadas aos poucos. Gota a gota. As quatro que se conhecem fazem antever algo de muito positivo. Em baixo elas seguem. As minhas preferidas, "Pablo" - com uma introdução à Escobar - e "I Wanna Know" - que incorpora a queen Badu suavemente...

Do Sótão pró infinito com saib. Parei em Casablanca e trouxe isto.

crave moore

Francisco Espregueira

Não há muito por aí acerca de Crave Moore. Mas a alma com que cospe as suas verdades num dos últimos vídeos da COLORS BERLIN captou a intenção de o colocar aqui. Nas paredes deste velhinho Sótão. A música toca na meia-luz. Este é dos que a deixa falar por si. Play em "Jay Jay Okocha". A COLORS lançou-o e disso estou certo.

Stay underrated – so true like Jay Jay Okocha

Com a loucura interior para criar música, Crave demorou o seu tempo a descobrir os caminhos por onde seguir. Segue pelas palavras com significado, merecedoras de serem interpretadas. Não gagueja. Penetra bem para lá do superficial, sem se tornar intrusivo. Flui.

Na semana passada foi lançada "Juvi" Boa altura para conhecer Crave Moore e sentir o que tem para dizer. Tudo o que lançou aí em baixo. Vale muito a pena, garanto.