Contact Us

Use the form on the right to contact us.

You can edit the text in this area, and change where the contact form on the right submits to, by entering edit mode using the modes on the bottom right. 

Rua Álvaro Gomes, 89, 4º Esq
Porto
Portugal

+351916574834

Webmagazine and record label on underground house music & contemporary jazz. We're about music released by independent artists and labels.

Content

Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Hip Hop

krisy

Francisco Espregueira

Este vídeo de uma das plataformas do momento na música, a "COLORS" de Berlim, é qualquer coisa. "Julio & sa Gogo Danseuse" bate no ponto. A batida feita a partir de "Alone Together", do inesquecível Chet Baker. A maneira como Krisy rima - a.k.a. De La Fuentes, a.k.a le jeune Julio, a.k.a. 'ta femme va apprécier c'morceau', entre outros. Os gestos simples com as mãos. A pausa deste gajo... heey, é muito atributo, yeey

Enquanto escrevo vou ouvindo o brilhante "Menthe à l'eau", sentindo o flow. Quando cliquei no vídeo houve necessidade de ouvir mais. Instintivo, seguindo o gut. E não falha. A história à volta de Marie Hélène...

loyle carner : yesterday's gone

Francisco Espregueira

A primeira. "The Isle of Arran". Minuto 1:07. Olhos fechados. hey.

O hip-hop tem um lado muito sentimental. Mas são poucos que criam aquele agridoce, que nos coloca um dedo na consciência ao mesmo tempo que nos dá poder. "Yesterday's Gone" transmite melancolia e força nas palavras de Loyle Carner. Tinha dito que era um dos nomes a decorar e aqui está o seu primeiro LP, falando de dentro para fora.

Depois do sucesso de "Ain't Nothing Changed", que lhe abriu portas para outros voos e está aqui remasterizada, o debute nos álbuns de Loyle tem vários momentos pincelados a ouro. Podia nomear as minhas favoritas mas isso seria condicionar a audição do álbum. Prometo bons momentos. E Loyle promete ficar. E rimar com toda esta sinceridade.

notas

Francisco Espregueira

Notas em azul. No azul do jazz que serve de base aos dois sons aí em baixo.

Kap chegou-me hoje. Vem de perto, atravessando o rio Douro para o Sótão. '-1a+' diz:

sou só menos um a mais
menos um que tenta,
menos um que quer falar...

Lausse The Cat escurece o ambiente. Rima como se fosse um gato preto a olhar para a noite citadina. 'alone together' diz:

guess its best then just sitting in your blue nest
simmer with the cat and let him do what he do’s best

Kap - '-1a+'

Notas em azul... check.

808ink

Francisco Espregueira

i got the 55 on the 55
man
100 miles on the 100 miles
man

Um dos movimentos do ano no UK. A vibe de 808INK supera os meus sentidos. Liga-me a algo que não consigo tocar, nem explicar. Na minha cadeira, enquanto escrevo vou sentindo 'Suede Jaw' que toca em loop...

Com dois EP's em 2015 - "Billy's Home" e "An Artistic Piece" - 808INK chegaram a 2016 a rebentar. "Hungry", LP de estreia, tem nas suas primeiras 5 faixas, a porta de entrada para a galeria de honra d' O Sótão. Depois fica pesado e díficil de mastigar, eu sei... mas estas 5, assim... seguidas, levam-me o coração. Puxo pelo volume e convido-vos a entrar. Siga curtir aqui. Ao som de '45 with Sam', de 'Jeep Cherokee'. Depois outra vez ao som de 'Suede Jaw'. Uma e outra vez. De loop em loop...

keep the chamber filled with potent stuff suede jaw, run it for me baby please don’t stop, uhh...

notas

Francisco Espregueira

A malta da Mutual Intentions continua a lançar as suas cenas. Hoje saiu uma compilação de 5 faixas, andando nas rotações de hip hop que mais aprecio.

J. Cole, de quem aqui falei de forma menos positiva, teve um release fantástico esta semana. "High for Hours" entra diretamente para o meu dia-a-dia. O produtor é Cam O'bi. O mesmo de "Free Lunch" e de "Reality Check". Dois dos "meus" sons. "This is the type of shit that make you wanna... the type of shit that make you wanna let go."

throwback #11

Francisco Espregueira

Comecei a coleção 'Miles Davis' com "Doo-Bop". Groove inexplicável. Uma das músicas da minha vida, "The Doo-Bop Song", foi a porta de entrada para este álbum, que anos depois, tive a presença de espírito de adquirir.

A little taste of bee-bop sound
with the backdrop
of doo-wop
and this is why we call it
the doo-bop

Miles Davis - The Doo Bop Song (feat. Rappin' Is Fundamental)

E agora mais duas. A 1. e 8. do álbum. Percebi que já as tinha ouvido noutras músicas, noutros artistas influenciados pela trompete de Miles. Por todo este groove orientado para o hip-hop.

Miles Davis - Mystery

Miles Davis - Duke Booty

playlist #64

Francisco Espregueira

"Domingo, especialmente domingo... Barbeados, dentes lavados".

Às 15h, enquanto o sol ainda está bem lá em cima, a temperatura chega aos 15Cº. É um inverno de inveja, mal apreciado por si. Atravessa a cidade de moto com o vento de leste a bater-lhe na cara. Sabe onde vai. Esse lugar tem um pátio com umas mesas e com uma gente que parece ter coisas interessantes para lhe contar. Trazem-lhe queijos e uns pedaços de pão para picar. O vinho tinto é a alma gémea da sua boca. Segura-o com a mão esquerda, sem o largar. Na direita, a caneta, hesitante. A música toca e a tinta corre, salteando a razão perdida.

waves

Francisco Espregueira

Antes de sair o novíssimo "4 Your Eyez Only", que ainda merece que lhe guarde um tempo especial, J. Cole lança duas faixas no Youtube que não entram no final cut do seu último álbum. Fá-las acompanhar de um mini-doc de 40 minutos que segue a produção do seu novo trabalho gravado nos míticos Electric Lady Studios em Nova Iorque.

Em relação às duas que não fazem parte de "4 Your Eyez Only" só posso dizer que valem por si. "Everybody Dies" merece ser escutada, aqui a deixo. Mas aproveito para anotar o beat de "False Prophets". A produção original de Freddie Joachim tem o nome de "Waves" e ficou mundialmente conhecida como cartão de visita do gigante Joey Bada$$. É me dificíl ouvi-la com a voz de J. Cole por cima... Sem aquele "Since nine-five momma been working nine-five" de início...

Sem reduzir J. Cole, até porque "False Prophets" já foi publicamente aprovada por Bada$$, fico triste ao ver que a sua popularidade leva a que as pessoas passem por "Waves" sem se aperceber dela. Ela é daquelas inesquecíveis aqui do Sótão. A história de um puto a entrar no mundo dos grandes com originalidade, com verdade, com os The Roots no Late Night Show, com aquele olhar paternal e orgulhoso de Questlove. Tipo Messias. Inesquecível.

J. Cole - False Prophets

Joey Bada$$ - Waves

Let me see those in favor to spin that back like tornadoes

throwback #10

Francisco Espregueira

As mixtapes de BeatPete são peça influenciadora muito forte. Nelas já descubri tantos diamantes. No final de as ouvir fico sempre com a impressão que o som que me define é, nem mais nem menos, aqule que BeatPete partilha através destas mix's. Identifico-me. Sessões duplamente gigantes de throwbacks. Esta, de duas músicas apenas, não passa de uma humilde amostra desses gloriosos anos 90' do hip hop.

Em 1992, Peanut Butter Wolf, homem forte por detrás da Stones Throw Records, guia Charizma por "Methods". Não viria a ser lançada com mais força até 2003. Sacrilégio.

Aiyyo check this one out
Somethin smooth
Calm you down
Check out the story
Ya know what I mean? 1998
It’s Vinia on the hook up
Pete Rock

Pete Rock. Mais um dos que passa música a quem por ele passa. Nineteen ninety eight. "Mind Blowin'" e sigo quente no Sótão. Underground classic.

Charizma & Peanut Butter Wolf - Methods

Pete Rock - Mind Blowin (feat. Vinia Mojica)

juju rogers & bluestaeb : LIT

Francisco Espregueira

"LIT" são as iniciais de Lost In Translation, um novíssimo álbum que funciona como uma polaroid daquilo que tanto Bluestaeb (na produção) como JuJu Rogers (nas palavras) conseguiram durante 15' & 16'. "Rouba" o seu título à longa-metragem de Sofia Coppola, mas há um sentido diferente na expressão explorada aqui. "LIT" é sim, uma metáfora para a desconexão existente nas tendências da nossa sociedade em geral e, especialmente, do hip hop como música de intervenção urbana.

Ambos demonstram a sua perspectiva de forma musical... Esta inclui sem dúvida a progressão, a analogia , a humanidade nas sonoridades e novas fórmulas, novos caminhos. Trazendo o elemento live para as produções, com músicos ao vivo nas gravações, diferenciam-se e refinam as suas influências por esses trilhos inexplorados.

JuJu vai falando de questões importantes durante as suas intervenções enquanto a mestria de Bluestaeb conduz o álbum de forma sublime.

"LIT" é conteúdo.

notas

Francisco Espregueira

notes on hip hop blog saudade

 O reconhecimento à escala mundial ganho por Rodrigo Amarante com o tema "Tuyo" da série "Narcos" é mais do que justo. No seu álbum "Cavalo" há uma balada repleta de beleza. Embala, hipnotiza e fascina. "Irene"

Rodrigo Amarante - "Irene"

A base reinventada, sofre a intervenção do rapper português Dillaz e do desconhecido produtor Delacruz. O tom hipnotizante e fascinante manté-se. Embalado.

Saudade eu te matei de fome
E tarde eu te enterrei com a mágoa

throwback #9

Francisco Espregueira

Dou mais uma vez o espaço do Sótão para A Tribe Called Quest.. O último álbum reavivou-me o amor que lhes guardo. Viajo até 1993, para ouvir o diálogo entre Q-Tip e Phife Dawg em "Check The Rime", retirado do álbum "The Low End Theory". Na primeira aparição televisiva de sempre, dizer que ATCQ "partiram a loiça toda" é pouco. No saudoso programa de Letterman, no dia 28/01/93 , a conversa começou assim:

Q-Tip: Back in the days on the Boulevard of Linden, we used to kick routines and presence was fittin'. It was I, The Abstract...

Phife: And me the five footer. I kicks the mad style so step off the frankfurter.

Q-Tip: Yo, Phife, you remember that routine that we used to make spiffy like Mr. Clean?

Phife: Umm, umm, a tidbit, umm, a smidgen. I don't get the message so you gots to run the pigeon.

Q-Tip: You on point, Band?

Band: All the time!

Q-Tip: You on point, Band?

Band: All the time!

Q-Tip: You on point, Band?

Band: All the time!

Q-Tip: Here's his mic, Phife drop your rhymes...

A Tribe Called Quest - "Check The Rime" (Live at Letterman) (Debut on TV)

Phife: Here's a funky introduction of how nice I am.

Descontinuei os throwbacks por algum tempo, falha minha. Metade do meu tempo é passado nos anos 90' do hip hop. Essas raízes têm te de ter um output aqui. 

ben beal

Francisco Espregueira

Pah... este tipo andava aí sempre aparecer no meu stream do soundcloud. Talvez o tenha ouvido uma vez sem ficar com "aquela" impressão. E então fui fazendo-me difícil de conquistar. O seu nome associou-se ao da Jakarta Records, que é só uma das maiores fontes de boa música do Sótão. Mas eu... difícil.

E fui ouvindo e ouvindo. E o puto tem consistência rapando em cima de beats de alto quilate. E escolhê-los é ter sabedoria. E depois há dias como o de ontem no Sótão. Com um frio do caralho lá fora, preciso daquele momento cozy (☕). E redescubro Ben Beal. Derretido, encontro nele uma dezena de faixas que começo a adorar. E aí vão 5.