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Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Hip Hop

blu & exile: "in the beginning: before the heavens"

Francisco Espregueira

10 anos depois de "Below The Heavens" - um dos principais trabalhos dentro do movimento hip hop na última década - eis que Blu & Exile se reúnem para trabalhar naquilo que restou das sessões de 2007. O icónico duo regressa às prateleiras com "In The Beggining: Before The Heavens", com faixas que sobraram da produção do primeiro álbum. As 14 que se juntam são, nas palavras dos próprios, as melhores das melhores de um grupo de 40, que resultou dessas lendárias sessões. E já lá iam 5 anos desde o segundo álbum "Give Me My Flowers While I Can Still Smell Them".... com o tempo a voar mas a boa música presente sem prazo de validade no Sótão.

A 3ª obra de Blu & Exile é feita de crueza e autenticidade, fiel ao momento de criatividade de Blu & Exile, há dez anos atrás. Nas faixas poderemos escutar Blu já no topo da sua habilidade. Atitude underground, rejeitando estatutos de estrela ("Constellations"), rejeitando tempos de antena (“On the Radio”) ponderando sobre a sua existência a dado momento ("Sold The Soul"). Exile, entretanto, com batidas a lembrar as décadas de ouro do hip hop. Samples e scratches para balançar ritmadamente.

Conhecido aqui, em NYC e em Tokyo. Sem tretas comerciais, sem marketings, sem promoções. Respeitado ali, em Londres e em Cape Town. Com talento e por meio de talento. Só. Escutem e não se vendam.

nxworries - "best one (remix)"

Francisco Espregueira

I hope I never have to cut you off (Best love)

Diretamente para aqui, o remix de "Best One" dos NxWorries. Anderson Paak dá voz ao inconfundível estilo de produção de Knxwledge. O estatuto de lendários não oferece discussão.

O final do video clip de "Scared Money" é fascínio puro. Um court de basquetebol à beira-mar e o céu completamente azul. Paak e Knxwledge posam sem consideração pelos demais mortais.

Desde o momento em que vi esse snippet que espero por este remix. E hoje chegou, com a confirmação de que os NxWorries vão seguir a elevar a barra nos próximos tempos. Um álbum completo de reintrepretações do fantástico "Yes Lawd!" está para breve.

notas

Francisco Espregueira

"Rains Clear" de MANIKMC cresce à medida que os instrumentos vão entrando em cena... Primeiro, e com sotaque carregado, a voz; depois, no hook, vibram as paredes assim que o baixo entra. Fluidez. "Because that's the mantra that we live by, yeah... and that's energy that leaves us".

JGrrey vive também sob esse mantra de fluidez. Tem lugar aqui, via COLORS BERLIN. A produção soa como uma mistura de cartoon com r&b moderno. A letra fala de cores. "Blue and silver and pink, red are all the things we've said, and I'll die tonight in colors". Grey can't fade.

b. cool aid: "brwn"

Francisco Espregueira

Ahwlee & Pink Siifu join forces to create B. Cool Aid

Desde que "Cocoa" me subiu à cabeça, meses atrás, que andei convencido que este projeto, do duo Ahwlee e Siifu, iria resultar em algo de muito inovador. "Cocoa" tem pitadas de Outkast e Kendrick Lamar, as reebok drums de quem convive com MNDSGN e uma característica de blackness forte. O novo álbum, "BRWN", tem isso tudo também. Não estava errado.

we made this project for BRWN skin. to show appreciation, admiration, to embrace, and to understand a new perspective of what we all have seen, lived, or been raised up under. this is a mixture of all rooted flavors from diff blocks, going back to the roots of accession.BRWN.
— Pink Siifu

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A minha favorita de "BRWN" segue em baixo. E eu para sul. Até já.

notas

Francisco Espregueira

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Colaboração Sángo com VHOOR e JLZ. Com naturalidade. Bom, falamos de um dos produtores mais requisitados do mundo e de dois jovens brasileiros a produzir diariamente, na vanguarda do movimento favela trap. Resultado: "Pra Ela" é um sonho.

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"Hoodrich Vol.3" da britânica IAMDDB é a afirmação de uma artista que vai ficando conhecida mundo fora. Estilo único, flow indescritível. O single, e ponto alto, do novo projecto chama-se "Shade". Keepin' it G'.

millennium jazz music - project canada: on the radar vol​.​1

Francisco Espregueira

"On The Radar" é uma série em produção. A Millenium Jazz Music, coletividade sem fronteiras, é quem a dirige. Datado de Outubro de 16', Project Canada é a primeira parcela do projeto. Cada uma destas foca em artistas de determinado país, e são canadianos os tipos que aqui demonstram o seu talento.

A segunda parte saiu há poucos dias. Aborda o maior ninho de jovens produtores destas ondas: a Alemanha. Mas para já e por que está na altura de pegar num cigarro pensativo e relaxar, a primeira de "On The Radar Vol.1" - "Brazze Séquence" de Téhu.  Depois, todas as outras calmamente.

teal

Francisco Espregueira

De A-Z. O Sótão totalmente sintonizado com "Teal" de Benaddict, Slim & Ella Mae.

O preview de um dos melhores projetos de 2017, AQUI.

benaddict, slim & ella mae: "teal"

Francisco Espregueira

"Teal" é um projeto colaborativo de 3 artistas que no saudam do sul de Inglaterra. Benaddict - que acabou de lançar o seu primeiro LP a solo -, Slim & Ella Mae - que já se tinham associado numa compilação de Gilles Peterson - combinam talento e constroem juntos este LP de 12 faixas transbordando soul com tonalidades de jazz.

Acende-se um cigarro para fazer uma nota: este preview gera algo de muito emocionante no Sótão.

Editado pela Village Live Records, que vem ganhando força como uma das criativas coletividades na cena underground musical britânica, é mais um álbum de grande nível deste 2017. Com uma edição limitada a 300 cópias, já voou das prateleiras antes de lá ter chegado - sai a dia 28/08. Uma das últimas faixas do LP, "Teal", com o mesmo nome do álbum, é a primeira completa a ser lançada. Expectativa pelos próximos dias e por mais releases.

Slim orquestra o instrumental com produções de assinatura. Benaddict e Ella Mae dão-nos conteúdos e vozes do fundo das suas almas. Uma mix do próprio álbum, da autoria de Evil Ed, serve de provocação injusta. Em 11 minutos, fica a impressão de que não se pode esperar nem mais um segundo. Repletos de batidas profundas, linhas de baixo carregadas, melodias melancólicas, letras conscientes. Um amor à primeira vista.

anti-lilly & phoniks: "it's nice outside"

Francisco Espregueira

É já amanhã que sai em formato físico a nova experiência LP do duo Anti-Lilly & Phoniks. "It's Nice Outside" é o sucessor do aclamado "Stories From The Brass Section", e segue com vibes semelhantes e conteúdo lírico consciencioso e relevante. É mais um vinil a caminho da colecção do Sótão.

Ao longo dos últimos anos o emcee Anti-Lilly experienciou momentos de profunda depressão combinadas com a monotonia das rotinas '9-to-5'. Tentações das ruas e traições que o forçaram ao isolamento. Repletas de jazz, as batidas de Phoniks, são as telas onde pinta imagens vívidas da sua luta.

it ain’t all good, but it’s all good, ask me how I am, I just say I’m a working in progress

As 17 faixas vão contado essa história, ligando-as voicemails deixados pelos familiares e amigos de Anti-Lilly, que tentavam comunicar enquanto ele se fechava ao mundo. Ao longo de "It's Nice Outside" escuto o optimismo de quem admite os maus momentos. De quem não vê o mar mas consegue cheirá-lo. Como hoje à noite, que olhando pela janela só vejo neblina.

As highlights para já são "Nobody's Perfect" e tudo o que segue a partir da 12 até final. Amanhã serão outras, e outras depois. Normal em álbuns deste quilate.

notas

Francisco Espregueira

Play. Som de baixa fidelidade nas colunas. Som de marca deste tipo. A assinatura diz ntourage. Horas tardias e sós.

Asal Hazel é um novo nome que surge hoje à noite. Voz bem no estilo R&B americano. Qualidade no intrumental que define todo um mood. Mndsgn é um dos produtores do momento.

Para fechar antes de sair para os sonhos, toquezinhos vindos do Brasil. Novamente a baixa fidelidade e as batidas em loops hipnotizantes.

remulak: "earth"

Francisco Espregueira

O debut de Remulak no nível de LP's é impressionante. "Earth" esteve um longo período em produção e foi dado a conhecer ao mundo em Junho deste ano. Para a promoção do álbum - e uma das principais fontes deste blog - muito ajudou o fantástico canal no Youtube: ProvocativeEducative

Uma sensação de nostalgia desde o primeiro momento em que toca, ajustada à capa do LP, com Remulak em criança no início dos anos 80' vestido de astronauta. "On The Atlas", quarta faixa, é uma viagem de loops e jazz's com a batida de hip hop a seguir, hipnotizando. Influências dos maiores, presente.

Ideias transmitidas por sons e versatilidade, com variância de mood nas 14 músicas que compõem "Earth". Remulak flui por momentos funky, outros emotivos, uns mais escuros e pensativos, mantendo uma linha identificadora ao longo de todo o LP.

Como é habitual para estes diamantes raros, a edição limitada a poucas centenas de exemplares, voou. Aguardo por re-release. E por colocar o vinil com cuidado no leitor e deixar tocar. Aqui fica o stream por inteiro, se quiserem acompanhar.

notas

Francisco Espregueira

When you see somethin' ill... you know what I mean... that shit is woow

Batida de "93 til' Infinity" dos Souls of Mischief. Todas as rimas com o woow carregado no final. Homenagem em cru! purpan. - more or less. (x smuv.)

Puxando pelo baixo das colunas. eu-IV trabalha com a voz de Devin The Dude em "What a Job" e dá-lhe toques de jazz. eu-IV - Whatajob

Avançando por sons mais suaves e doces. Hip hop Instrumental de qualidade descoberto durante a semana. Para escutar no meio das rotinas diárias. AJMW - Canvas

notas

Francisco Espregueira

The French Connection.

A segunda faixa do majestoso álbum "Clin d'oeil" dos Jazz Liberatorz é suave. Toca e relaxa quem a escuta. No mundo do Sótão isto é um clássico. O refrão entra, a flauta serpenteia pelos baixos e é impossível não sentir a boa energia que tem.

Meti no carro um CD antigo, gravado por mim, que começava com esta faixa. Os primeiros acordes da guitarra teleportam-me para trás no tempo. O suave toque do saxo... A entrada do piano seguida do baixo e da batida. Depois, a flauta.

just get in the rhythm with everything you got...

Duas faixas que revisito, de duas bandas francesas que educaram o hip hop do Sótão. A adolescência lá vai, fica a música que a acompanhou. Por um milésimo de segundo viajo no tempo para sentir exactamente o que vivi a dado momento quando as escutava. Lembro-me de sentir o flow das flautas.

afro chronicles : volume one

Francisco Espregueira

Este primeiro volume de "Afro Chronicles" chega-me pela mão da coletividade londrina Touching Bass, uma família de disciplos da música de alma negra. Ao longo de 12 faixas originais, um conjunto talentoso de artistas, forma aqui um trabalho prazeroso de escutar e coeso ao ponto de parecer liderado por um único maestro. Talvez sim, liderado por um único set of mind e por influências comuns entre todos.

O ADN da Touching Bass é demarcado abordando diferentes estilos musicais (sem nunca perder a tal coesão de sonoridades), sempre com faixas capazes cativar os sentidos, Melo-Zed abre as hostes, definindo as frequências em que "Afro Chronicles" andará, e Jake Milliner, acompanhado pela bela voz de Bubblerap, tem um dos melhores momentos do álbum, já por si recheado deles. Outro é "T's Dream" de Molinaro, com uma percurssão que não quero parar de ouvir - atenção ao min 1:03...

Há uma ideia, uma filosofia. O poster de "Afro Chronicles", desenhado por Mason London, transpõe isso mesmo. O  Sótão é lugar para coisas destas. O leitor de vinis, a colecção deles na prateleira, umas cervejas, boa gente e a noite lá fora. Aconselho o scroll down por esta página e pelos 12 posters que contam uma história. Podia ser a deste blog. Dizem eles, que este projeto da Touching Bass surgiu por acidente... como talvez todas as melhores coisas da vida.

It’s also a homage to the endz and space, concrete jungle meeting cosmic; two elements which influence us greatly.

Abençoado por "Afro Chronicles" e pela sua textura negra, mando isto do Sótão pró infinito. Merece ser escutado.

illa j : home

Francisco Espregueira

É raro um rapper aventurar-se, com tanto brio, em cantar. Illa J tem em "Home" um álbum em que mostra os seus dotes vocais, uma surpresa para quem conhece o trabalho do nativo de Detroit. Vira-se para as suas raízes e cria um trabalho muito pessoal, unindo seu o estilo habitual de rapper com momentos nas frequências do soul e r&b.

A última faixa tem o nome do álbum e é o primeiro single... e a partir do primeiro momento encanta. Um sentido "Baby I'm home, I'm home, I'm home" introduz a bela canção e está aqui como uma amostra perfeita daquilo que podem esperar de "Home", inteiramente produzido por Calvin Valentine. Os samples são, invariavelmente, baseados em muito conhecimento da música soul americana.

Destaco também a terceira "I Know" e a onda que tem quando irrompe a voz de Illa J, logo no início. Música para momentos próximos com alguém... O resto é material de qualidade semelhante - "Home" é um álbum que o Sótão não poderia deixar de referir.

Omnipresente influência de Illa J, é também aquela que nunca sairá daqui. J Dilla, seu irmão, está em tudo o que faz e, de uma forma ou outra, em quase tudo o que se ouve pelo Sótão.