O álbum não segue um género fixo e paira com leveza em cima de qualquer característica que lhe queiramos apontar. Não falta a sabedoria de Ivan Ave, gravando o disco como se fosse o seu próprio livro de auto-ajuda, lidando com os mecanismos da mente, do coração e do mundo que vê (ou não vê). "Every Eye" segue sim um conceito consistente com o universo de ideias e palavras de Ivan Ave. Musicalmente dinstinto do antecessor "Helping Hands", mas pertencente a esse mesmo universo de criatividade.
E entrando por "Every Eye" vibra todo este Sótão no momento em que é soltado um «hey» e a batida de "Now You See Me" cai... O resto segue pelos trilhos do boogie e do funk, aos quais Ivan Ave adiciona quantidades infinitas de flow. Em "One Eye" ouve-se «one eye open and one eye drifting away». Em "Squint" «don't stare to hard now... all that noise in the corner of your eye». Olhos abertos.