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Daily Magazine on Underground House Music, Broken Beat, Contemporary Jazz & Soulful Vibes

Filtering by Category: Neo Soul

PLAYLIST #32

Francisco Espregueira

Ando ocupado em livros, metros, autocarros mas sempre com os headphones a isolar-me, qual anti-social... A música não deixa de tocar e a #32 está perfeita. Sete balanceadas no Neo Soul (Aaron Taylor, é nome para relembrar!) , na Electrónica, no Hip Hop do Sótão. A quarta é uma beleza... estava aqui ouvir aquilo que vou publicar, né? É mesmo muito porreira, vou continuar pela quinta, pela sexta até à perfeição da sétima.

Do Sótão pró infinito...

TAYPS

Francisco Espregueira

Uma batida lenta e progressiva, com o toque desorganizado do jazz e a melodia cheia de sentido. Vozes suspiradas, vindas de dentro, com alma... TAYPS apareceu agora. Há 5 minutos atrás ouvi "Kuja" e encantei-me com a sequência inicial e a sua tropicalidade que se vai transformando, ao longo da música, numa sensação de fechar os olhos e sentir. Diria o mesmo de "Africa", onde noto cheirinhos de algumas influências... Badu? D'Angelo? As vozes dizem-me que sim. A noite progride nesta onda...

O Sótão é muito deste pessoal. Na linha da frente, gosto de ouvir boa música, mesmo que estes projectos não dêm em nada. O futuro para estes putos de Bristol pode não passar pelos grandes palcos ou pelo mundo da música, sequer. Mas hoje a noite no Sótão é deles. Simples como isso... gostar e escrever sobre esta gente é, para mim, é tão simples.

O palco do Sótão é pequenino. Tem a dimensão perfeita.

NoMBe

Francisco Espregueira

Foi ontem à noite... Ontem à noite tropecei completamente por sorte em Noah McBeth, produtor de LA, e deixei-me cair. Façam favor de fazer o mesmo, porque este é um artista a reter. Desde há uns anos que não ouço música alternativa com regularidade, ao contrário da minha era teen, onde era o prato do dia... Mas NoMBe consegue juntar aqui qualquer coisa que entra pelos meus ouvidos com leveza. Posso dizer que adoro este gajo apesar de só o conhecer a sua música há menos de 24h.

As três habituais começam com um H-I-T! "California Girls"... oh meu deus... deixei tocar um bocado e bang bang! Tiro e queda - 0:54 - Baby don't you know are a stardust? Those California Girls keep me outside all night... this is the last straw... take it off ... - Bang Bang! Repito H-I-T! Lançado à 1 mês esta não fugiu à atenção de ninguém. Mais de 600,000 plays no Soundcloud, por isso é favor carregar no play. As outras duas vêm do EP "Change of Hearts" de fins de 14', vale muito a pena o clique!

E é por este tipo de gajos que tenho um blog... Motiva-me a ouvir e apreciar, independentemente de estar a falar sozinho neste Sótão. Se alguém quiser entrar é bem vindo! As minis estão no congelador. 

GABRIEL GARZÓN-MONTANO

Francisco Espregueira

Não quero parecer convencido, mas se só agora estão a dar de caras com Gabriel Garzón-Montano, tenho impressão que andaram a perder tempo... "Bishouné: Alma del Huilla", o seu único lançamento, datado do ano passado, enche as paredes do Sótão de calor e intimidade.  6 músicas inteiramente escritas, tocadas e produzidas por este Nova-Iorquino de ascendências francesas e espanholas.

Quando falo deste EP não posso deixar de sublinhar que na minha opinião é um 10/10! Da música 1 à 6, sem excepção. É uma espécie de soul experimental que tem muita "latinidade",  usando e abusando do talento vocal de Gabriel e trazendo à tona muito flow. Está fortíssimo! A primeira que salta à vista é "Everything is Everything", pelo menos foi aquela que me introduziu, e acredito que seja aquela que deva ser ouvida primeiro... depois é deixarem-se cair no seu talento puro. Genial.

Gabriel Garzón-Montano - Everything is Everything

Deixo essa de duas maneiras: um raro vídeo de uma sessão muito simples mas carregada de soul e a original do álbum onde os coros são............. As outras duas são escolhas pessoais, mas como disse esta é uma colecção que vale a pena ser ouvida do início ao fim sem pausas.

Este é sem dúvida um dos artistas a ter debaixo de olho no futuro, e o lugar perfeito para o ouvir é aqui, no Sótão, numa noite fria como esta, mas aquecida a chá e a Lucky Strikes... To be continued.

JORDAN RAKEI

Francisco Espregueira

Jordan Rakei, já não é um nome totalmente novo para muita gente. Dei por mim a gostar muito da sua voz (parecida com a de Joe Dukie dos Fat Freddy's Drop, banda que adoro) e das suas produções quando as ouvi pela primeira vez. E percebi também que não sou único, pois muitos dos artistas que sigo com atenção procuram colaborações com este prodígio Australiano. Entre eles FKJ, Tom Misch, que já fui falando aqui.

 

Defino o seu estilo como neo-soul. A voz surge com grande boa vibe, muito característica. E é no Soundcloud, assim como tantos outros que vai largando os seus originais (muito originais), vindos de um quarto ou de um mini-estúdio transformado em quarto. 

É da última música de  "Franklyn's Room", de 13' que retiro o primeiro som para vos convidar a sentar mais uma vez nas velhas poltronas do Sótão. O EP é muito, muito bem conseguido e foi o primeiro passo da jovem carreira deste rapaz. A verdade é que não aceito muito bem como a "Imagine" acaba... fico com imensa água na boca assim que o som se começa a desvanecer, queria mais! Está aí na prateleira de lado, ao vosso dispor. A primeira da playlist (sponsored by Soundcloud) é a também a última da sua mais recente colecção de originais: "Groove Curse".

Outra, solta, é profunda para mim, sem querer entrar em paneleirices... "Hold Her", linda, linda, linda!  Termino com uma dúvida... a que me fez ouvir de novo Jordan Rakei, que surgiu ontem à noite quando estava aqui sentado a curtir umas novas: Jordan Rakei = Frank Liin?? Talvez mas a voz é dele, sem margem para nenhuma dúvida. Tenho a impressão que vou colar em "Cattle Dog". Está aqui acabadinha de sair para o mundo e eu na linha da frente, como gosto.

E mais poderiam ser mas não quero abusar do vosso valioso tempo. O meu vale o que vale e se calhar é aqui onde vale mais. Add The Bassline...

Jordan Rakei - Imagine

CHRIS McCLENNEY

Francisco Espregueira

Antes conhecido como MisterMack, Chris McClenney é só mais um dos enormes talentos que é possível encontrar a crescer nas bibliotecas do Soundcloud. A primeira vez que o ouvi foi há uns 5 meses atrás, através de um demo chamado "Live it Up". Fiquei encantado. A influência de Dilla na batida e muito jazz e soul, apesar da voz não ser a predestinada para esse estilo, bastando a entoação e a melodia certa. A coragem na música também conta.

McClenney, tão depressa faz brilhantes composições cheias de profundidade, como a maravilhosa "Some Day My Prince Will Come", como de repente está a saltar para a pista dança com a reinterpretação do clássico de Frankie Beverly, "Before I Let Go". Gosto das duas e, assim, acho que me puxa um empate. É no meio onde está a virtude, diria muita gente que não pensa sobre nada de especial. Aplica-se a este gajo, no entanto.

Há uns dias, e voçês têm sorte em eu estar aqui sempre atento, foi lançado pela SOULECTION, editora americana, o 14º EP da White Label Series e o convidado é Chris! Desta vez com banda a suportar os seus devaneios criativos, o resultado é fortíssimo. Estamos na presença de imenso talento! Aí fica este delicioso EP de 4 musiquinhas, com a intimidade que o género exige. Tune that shit Up!

E é, como habitual, do Sótão pró infinito... Apressem-se no play, Chris McClenney vai lá chegar rápido.

Andrew Ashong

Francisco Espregueira

Andrew Ashong - Don't Know Why/Never Dreamed [Rework]

Quando é que uma música se torna incondicionalmente "minha"?? Estou a falar de a ouvir quer esteja no avião de partida ou no avião de regresso. Estou a falar de a ouvir vezes infinitas, tanto que começo a ter pena de outras que parece que me olham lá do ecrã do meu iPod ansiando que eu vá carregar no play para que elas possam ter finalmente a oportunidade de me impressionar.

A "Flowers" é minha mas também é de muita gente! Eu já mostro a quem não conhece... mas esta é resultado da junção de Ashong ao gigante Theo Parrish. Puff... no topo a partir de 2013, rodando nos iPods e afins de, lá está, muita e muita gente. Gente com gosto? Absolutamente!

Pois é... mas já estamos à porta de 2015 e hoje acordei, liguei as potentes coluninhas que o meu primo me emprestou e lá meti a rodar o disco, e foi com surpresa que mais uma vez vou descobrindo novas coisas naqueles 8 minutos e 52 segundos muito especiais. Lembro da primeira vez que a ouvi: "Well... Mr. Andrew Ashong... it is very nice to meet you!" "Shit don't smell like flowers, sunshine turns to rain" concordei e lá balançei lentamente.

Há uns meses atrás saía um novo EP onde o tipo junta essa a mais umas e tenho que dizer que está top! Baixo puxado, voz quente vinda do além e muita música e mensagem. Lowbeat. Nos caminhos que vão dar à electrónica, trip-hop e ao soul. Especiais também.

Ficam aí as três do costume (com a "Flowers", claro) e mais um vídeo escondido atrás de uma das fotos aí dessa prateleira em cima que muito honestamente, meu amigo, coloca as coisas em outros níveis.

Do sótão pr'ó infinito.

PS: hoje reparei que fico doido no minuto 5:21 quando entra uma batida com eco na música... mais uma vez esta é mágica.

Hiatus Kaiyote

Francisco Espregueira

Polyrithmic Gangster Shit! É assim que se apresentam os Hiatus Kaiyote. Neo-Soul em força vindo da Austrália. Há uns dias lançaram um EP intitulado de "By Fire" onde fazem um preview daquilo que poderá ser o novo álbum cujo lançamento está marcado para 31 de Março do próximo ano. As músicas e a sua produção está top!

Antes, em 2013, lançaram "Tawk Tomahawk", que recebeu a merecida aclamação do mundo da música, mas não do público em geral! Mas também sejamos honestos: o público em geral é um pouco parvo. No entanto estes meninos não são coitados nenhuns, aliás não são todas as bandas que se dão ao luxo de terem, no seu 1º álbum, uma música com Q-Tip dos A Tribe Called Quest, e em Nakamarra, o rapper faz a sua aparência a espalhar um pouco de magia como lhe é habitual.  Nai Palm, além de cantar p'ra caraças, consegue dar uma certa G-Mentality em certas músicas de estrutura Soul. E da mentalidade Gangsta' passamos para um G-Style, que também encontramos em algumas músicas somente com instrumental, que mostra que a banda olha para o Hip Hop como fonte de inspiração. Eu aprovo, claro.

Polyrithmic Gangster Shit? Não sei, mas abano a minha cabeça ritmadamente ao som de Rainbow Rhodes e Molasses... Talvez só tenha de meter o cap e já fica! Aqui estão as músicas escolhidas por mim. Sentem-se aí comigo no sótão e carreguem play, os vídeos estão escondidos por detrás das imagens, é só clicar. Estavam à espera de encontrar as coisas à vista... não se esqueçam que isto é um sótão! As minis estão no frigorifico...

Hiatus Kaiyote - Live In Revolt (1. Rainbow Rhodes; 2. Nakamarra; 3. Sphinx Gate; 4. The World It Softly Lulls)

Hiatus Kaiyote - Molasses (By Fire EP)

PS: E pronto, voltei a apaixonar-me pela voz de Nai Palm.